terça-feira, 22 de maio de 2012

O Petróleo


  
     Os produtos petrolíferos naturais incluem materiais gasosos, líquidos e sólidos nas condições normais de pressão e de temperatura. Os produtos sólidos designam-se de asfaltos ou betumes, os líquidos por petróleo bruto ou nafta e os gasosos por gás natural. Este combustível fóssil deriva de matéria organiza fossilizada, como por exemplo de zooplâncton e algas. Grandes quantidades desse material deposita-se no fundo dos oceanos e lagos misturando-se com sedimentos e sendo enterrados em condições anóxidas.Com a consequente deposição de mais camadas superficiais, este material experimenta condições depressão e temperatura crescentes levando a mudanças na matéria orgânica, passando a um material ceroso (rica em lípidos) denominado de querogênio.
    Este material se sujeito a mais calor e pressão origina hidrocarbonetos líquidos e gasosos altamente energéticos num processo denominado de catagénese. Assim o petróleo forma-se a partir de pirolises de hidrocarbonetos através de um conjunto de reacções endotérmicas a altas temperaturas e pressões . Alguns geólogos afirmam que o petróleo só se forma dentro de uma janela de temperaturas,se a temperatura for inferior do que o limite mínimo a matéria não passa de querogênio, mas se for maior do que o limite máximo passa todo a gás natural podendo escapar-se das rochas.
    Assim para que o petróleo se forme são necessárias três condições: uma rocha-mãe rica em hidrogenocarbonatos, pressão e temperaturas elevadas de forma a “cozinhar” o hidrogenocarbonato a óleo; uma rocha-armazém ou rocha-reservatório, que tem que ser porosa e permeável onde o óleo se acumula; e uma rocha-cobertura ou outro mecanismo que impeça que o óleo se escape para a superfície.
    À medida que a rocha-mãe é pressionada, e uma vez que os hidrocarbonetos líquidos são menos densos que a água e rocha, o óleo sobe pela rocha porosa ficando ai aprisionada, se por cima dele existir uma rocha-cobertura (normalmente ricas em argila),formando um reservatório. No entanto este processo é influenciado por águas subterrâneas que ao circularem podem levar o petróleo para outras zonas onde na ausência de rochas sobrejacentes impermeáveis afloram à superfície.
    Dentro dos reservatórios os produtos resultantes do processo de formação do petróleo tendem a organizar-se em três camadas. Em baixo, mais denso, água normal mente salgada e que pode ser um remanescente da que ficou impregnada nos sedimentos; no meio, menos denso que a água e que a rocha, crude ou petróleo bruto; e finalmente, no topo destas duas camadas, gás natural.
     Ao conjunto das rochas-mãe, rocha-reservatório e rocha-cobertura constituem uma armadilha de petróleo. Após a extracção do petróleo bruto este é processado em refinarias que realizam uma destilação em colunas de fraccionamento.
Fig.1 - Armadilha petrolífera

    Como se pode verificar o petróleo leva milhões de anos a produzir-se e apenas sobre condições muito específicas, pelo que se torna um bem raro. Dada a dependência da sociedade actual nesta matéria, torna-se evidente a necessidade de maximizar a o rendimento da sua utilização. A sua exploração pode ser extremamente dispendiosa pois na maior parte dos casos os reservatórios encontram-senas camadas sedimentares dos fundos oceânicos,sendo necessários meios técnicos muito complexos.

Fontes: http://pt.scribd.com/doc/57754207/Resumo-11%C2%BA-Ano-Carvao-e-Petroleo
http://terra-online.blogspot.pt/2010/04/combustiveis-fosseis.html

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O Carvão


 
   O carvão inicia-se como uma camada de matéria orgânica de origem vegetal (plantas tropicais e subtropicais dos períodos Carbonífero e Pérmico) que se acumula no fundo de uma coluna de água, normalmente pântanos. Para que o processo se desencadeie a matéria vegetal tem que ser protegido da biodegradação e oxigenação , normalmente por lama ou água ácida. Desta forma ocorre a preservação de carbono atmosférico capturado pelas plantas, durante o ciclo de Calvin. 
    Segundo a visão clássica, da formação do carvão, os depósitos carboníferos formam-se a partir de restos de plantas acumuladas em pântanos, que se decompuseram parcialmente, levando a formação de uma camada denominada de turfa. A elevação do nível do mar ou o rebaixamento do solo provocam o afundamento dessas camadas sob sedimentos marinhos cujo peso comprime a turfa.   À medida que afunda aumenta a pressão e a temperatura, que comprimem e alteram quimicamente a turfa, além disso sob acção de bactérias anaeróbias forma-se uma pasta na qual se podem reconhecer em maior ou menor grau os restos vegetais. Estes carvões que têm origem nesta pasta vegetal denominam-se de carvões húmicos. 
    À medida que o processo prossegue a acumulação de substâncias tóxicas liberta das pelas bactérias leva a sua própria morte. A compressão pelas camadas superiores leva a que ocorra a saída de água e substâncias voláteis levando a um aumento relativo de carbono na pasta. Este processo que leva a um aumento da concentração de carbono denomina-se de incarbonatação. Dependendo do grau de incarbonatação formam-se tipos diferentes de carvão, obviamente que quanto mais intenso for o processo maior vai ser o concentração de carbono, maior é o seu grau energético, mas também mais próximo de uma rocha se encontra.
    Assim o carvão é classificado de acordo com os seguintes parâmetros: propriedade físico-químicas, cor, brilho, densidade, dureza e relação entre quantidade carbono e substâncias voláteis. Assim temos os seguintes tipos de carvões:

  • Lenhite ou lignite

    É um tipo de carvão com elevado teor de carbono na sua constituição (65 a 75%). A sua cor é acastanhada e encontra-se geralmente, mais à superfície, por ter sofrido menor pressão. A sua extracção é relativamente fácil e pouco dispendiosa. Quando queima origina muita cinza. Em termos geológicos é um carvão recente. Trata-se do único tipo de carvão estritamente biológico e fóssil, formado por matéria orgânica vegetal.

  • Carvão betuminoso ou hulha

    Um tipo de carvão mineral que contém betume. O teor de carbono da hulha encontra-se entre os 60 e 80%.A hulha foi a mola propulsora da indústria do século XIX, durante a chamada revolução industrial, sendo substituída pelo petróleo no século XX.

  • Antracite

     É uma variedade compacta e dura do mineral carvão que possui brilho intenso. Difere do carvão betuminoso por conter pouco ou nenhum betume, o que faz com que arda com uma chama quase invisível.   Os espécimes mais puros são compostos quase inteiramente por carbono. A antracite é criada por metamorfismo e está associado às rochas metamórficas, da mesma forma que o carvão betuminoso está associado às rochas sedimentares. Este é o carvão com maior percentagem de carbono podendo atingir cerca de 90% do seu peso total. Uma vez que o aumento de teor de carbono depende da idade e das condições de pressão e de temperatura a que estiveram sujeitos, assim a antracite representa os carvões mais antigos de todos. 
Fig.1 - Tipos de carvão
     É normal numa coluna estratigráfica encontrar uma alternância entre estratos de carvão com estratos terrígenos. Em períodos de subsidência lenta ou pouco intensa é normal formarem-se estratos de carbono devido a abundância de detritos orgânicos. Por seu lado se o processo de subsidência for rápido, não há tempo para a formação de estratos espessos de matéria orgânica e como tal não ocorre a formação de carvão, mas antes estratos terrígenos.

    O carvão é outra das formas de produzir energia, mas este pertence ao grupo das energias não renováveis, e assim não dura para sempre as suas reservas são limitadas, visto que o carvão foi formado ao longo de milhões de anos, pelo resultado da decomposição de vários sedimentos orgânicos e vegetais e pelos vários factores que influenciaram a terra, quando esgotarmos as reservas que existem hoje em dia não poderemos esperar para que se forme mais, assim há que saber utiliza-lo de uma forma racional; além de se esgotar também polui como é comum das fontes de energia não renováveis. O carvão emite principalmente três tipos de gases que são o Co2, So2 e Nox.
     Logicamente o carvão só por si não tinha a capacidade de produzir energia eléctrica, assim para produzir energia eléctrica o carvão é utilizado em centrais Termoeléctrica, centrais estas que usam como combustível principal o carvão, apesar de haver as que possam usar fuelóleo.


Fontes: http://pt.scribd.com/doc/57754207/Resumo-11%C2%BA-Ano-Carvao-e-Petroleo

Recursos Energéticos




     Actualmente, os recursos energéticos que podem ser utilizados pelo homem são de dois tipos: não renováveis e renováveis.
    Os combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) são recursos não renováveis isto é, um dia se esgotarão completamente. Por esses motivos eles estão actualmente em declínio, em especial o petróleo. Assim, o Homem teve a necessidade de encontrar energias alternativas para suprimir as suas necessidades e eliminar os problemas ambientais. Das alternativas possíveis são a energia eólica, solar, hidroeléctrica, geotérmica, marés, ondas, biomassa e biogás.

Energia Não renovável
 As fontes de energia não renováveis são finitas e esgotam-se. São elas:
  • Carvão – É extraído de explorações mineiras e foi o primeiro combustível fóssil a ser utilizado em larga escala. É o que se estima ter maiores reservas (200 anos) e o que provoca maiores impactos ambientais, em termos de poluição e alterações climáticas.
  • Petróleo – É constituído por uma mistura de compostos orgânicos. É muito utilizado nos transportes. É uma das maiores fontes de poluição atmosférica e motivo de disputas económicas e de conflitos armados. Estima-se que as suas reservas se esgotem nos próximos 40 anos.
  • Gás natural – Embora menos poluente que o carvão ou o petróleo, também contribui para as alterações climáticas. É utilizado como combustível, tanto na indústria como nas nossas casas. Prevê-se que as suas reservas se esgotem nos próximos 60 anos.
  • Urânio – É um elemento químico existente na Terra, constituindo a base do combustível nuclear. Tem um poder calorífico muito superior a qualquer outro combustível fóssil.



Energias Renováveis
    As energias renováveis, são formas de energia que após terem sido utilizadas podem ser utilizadas novamente.
    Estas energias são o resultado do aproveitamento de recursos naturais como o sol e o vento, ou de resíduos como restos agrícolas ou lixo orgânico. Além de as matérias-primas dessas fontes serem abundantes, utiliza-las significa não esgota-las.
   Os recursos renováveis representam actualmente cerca de 20% do fornecimento total de energia no mundo. São dela exemplos:
  • Energia Hídrica - Provém do vento. Tem sido aproveitada desde a antiguidade para navegar ou fazer funcionar os moinhos. É uma das grandes apostas para a expansão da produção da energia eléctrica.
  • Energia Eólica - Provém do vento. Tem sido aproveitada desde a antiguidade para navegar ou fazer funcionar os moinhos. É uma das grandes apostas para a expansão da produção da energia eléctrica.
  • Energia Solar – Provém da luz do sol, que depois de captada pode ser transformada em energia eléctrica ou térmica.
  • Energia Geotérmica – Provém do aproveitamento do calor do interior da Terra, permitindo gerar electricidade e calor.
  • Energia das Marés – É obtida através do movimento de subida e descida do nível da água do mar.
  • Energia das Ondas – Consiste no movimento ondulatório das massas de água, por efeito do vento. Pode utilizar-se na produção de energia eléctrica.
  • Energia da Biomassa – Trata-se do aproveitamento energético da floresta e dos seus resíduos bem como dos resíduos da agro-pecuária, da indústria alimentar ou dos resultantes do tratamento dos efluentes domésticos e industriais. A partir da biomassa pode produzir-se biogás e biodiesel.



Fig.1 - Recursos Renováveis (à esquerda), Recursos Não Renováveis (à direita)


   A primeira forma de energia que o homem utilizou foi o esforço muscular (humano e de animais domesticados), a energia eólica (vento), e a energia hidráulica, obtida pela corrente dos rios. Posteriormente, com a Revolução Industrial, na segunda metade do séc. XVIII e no séc. XIX, surgem as modernas máquinas, sendo as fontes de energia mais utilizadas a madeira e o carvão.
    No século XX, com a invenção do motor de explosão, o petróleo começou a ser o principal recurso energético.

Fontes: http://cristinalbino.wikispaces.com/6.+Rec.+renov%C3%A1veis

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O solo e a alimentação


    Uma das grandes riquezas da humanidade encontra-se sob os pés, o solo. Assim como a água, o solo tem uma grande importância na vida atual e principalmente para o futuro da humanidade. Entretanto, em diversos pontos do mundo esse recurso mineral renovável encontra-se em condições deploráveis de conservação.
    No norte da China existe uma região que apresenta um relevo do tipo planalto, durante muito tempo essa área foi usada para o cultivo de plantações, como o local é acidentado foi preciso usar a técnica de plantio em terraços. Nesse caso houve a ocupação de uma área inadequada para o desenvolvimento da agricultura, dessa forma o local transformou-se em uma enorme concentração de ravinas (um tipo de erosão), figurando em nível mundial como o lugar que apresenta maiores índices de erosões.
    A procura por terras cultiváveis e férteis aumentou em razão do crescimento da população mundial e do consumo, mesmo assim a humanidade degrada cada vez mais, não atentando para a suma importância que o solo possui.
    Aproximadamente 11% das áreas da superfície terrestre são responsáveis pela produção de diversas culturas que suprem cerca de 6,7 mil milhões de pessoas. Desse total, somente 3% responde pelos solos férteis nativos. Em decorrência das intensas degradações promovidas pelo manejo inadequado, extensas áreas viáveis ao cultivo podem se tornar improdutivas ou estéreis.
    Segundo pesquisas ligadas ao solo, foi constatado que a humanidade já degradou solos de áreas que equivalem aos territórios dos Estados Unidos e Canadá juntos.
    Quando o tema “solo” é abordado, a primeira ideia que se tem é em relação à produção de alimentos, segundo estimativas, o mundo terá uma população, no ano de 2030, de 8,3 bilhões de pessoas, esse fato reflete diretamente na oferta de cereais que precisará elevar-se em pelo menos 30%.

    Em suma, a conservação dos solos é indispensável para a sobrevivência humana, este recurso fornece grande parte de tudo o que a sociedade necessita, especialmente alimentos. Diante disso o que deve acontecer é uma manutenção adequado e sustentável, acompanhado e fiscalizado pelos órgãos governamentais de todos os países.

Fontes: http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/o-solo-alimento-no-mundo.htm

Proteção dos solos


   Um dos principais impactos oriundos da ocupação rural são as erosões, isso ocorre por que a cobertura vegetal original é retirada, tornando o solo propício a sofrer processos erosivos.
    Nas propriedades rurais, com o intuito de evitar o surgimento de erosão, é importante que o produtor tome algumas medidas preventivas:
• Realizar o plantio acompanhado de uma curva de nível, essa é uma das mais bem sucedidas práticas de contenção. A curva de nível evita que a água da chuva desça a vertente com grande velocidade, dessa forma não provoca erosão.
• Consorciar lavouras com o plantio de vegetais como o eucalipto, bambu e cana-de-açúcar, pois esses atuam como barreira de proteção em relação à erosão eólica e pluvial. 
• Outra alternativa de prevenção é realizar o plantio em curvas de nível do tipo terraço, nessa técnica a água é retida, impossibilitando a formação de escoamento de enxurrada, que é um agente erosivo em potencial. 
• Atuar efetivamente na preservação e conservação de matas de galeria, além de recuperar áreas degradadas de matas ciliares, a cobertura vegetal contribui para impedir a passagem de enxurrada que provoca erosão e também evita o assoreamento dos mananciais. 
• Regiões acidentadas devem ser preservadas e não ocupadas para o desenvolvimento da agricultura, assim como as áreas de solos frágeis que facilmente são afetadas com a erosão.
    O solo é essencial para a sobrevivência humana e, como  tal , a sua proteção torna-se prioritária. É principalmente graças à agricultura que o solo é destruìdo e se não forem tomadas medidas, futuramente, a alimentação da população poderá enfrentar dificuldades. 

Fontes: http://mudafcul.wordpress.com/2008/07/29/gozando-com-as-alteracoes-climaticas/
http://www.brasilescola.com/geografia/formas-proteger-solo-contra-erosao.htm

terça-feira, 15 de maio de 2012

A desflorestação e a erosão do solo


  
    A desflorestação provocada pelas atividades humanas acelera muito a erosão natural.
    Em vez de cair diretamente no solo, boa parte da água da chuva bate antes na copa das árvores ou nas folhas da vegetação, que funcionam como um manto protetor. Isso diminui muito o impacto da água sobre a superfície. Além disso, uma rede de raízes ajuda a segurar as partículas do solo enquanto a água escorre pela terra. E não podemos esquecer também que a copa das árvores protege o solo contra o calor do Sol e contra o vento.
    Ao destruirmos a vegetação natural para construir casa ou para a lavoura, diminuímos muito a proteção contra a erosão. A maioria das plantas que nos serve de alimento tem pouca folhagem e, por isso, não protege tão bem o solo contra a água da chuva. As suas raízes são curtas e ficam espaçadas nas plantações, sendo pouco eficientes para reter as partículas do solo. Finalmente, muitas plantas - como o milho, a cana-de-açúcar, o feijão e o algodão - não cobrem o solo o ano inteiro, deixando-o exposto por um bom tempo. O resultado é que a erosão se acelera, e a parte fértil fica prejudicada.
     Com a erosão, o acúmulo de terra transportada pela água pode-se depositar no fundo dos rios, obstruindo o seu fluxo. Esse fenómeno é chamado de assoreamento e contribui para o transbordamento de rios e o alagamento das áreas vizinhas em períodos de chuva.
    Há ainda outro problema resultante da desflorestação. Sem a cobertura da vegetação, as encostas correm maior risco de desmoronar, provocando desabamentos de terra e rochas, com graves consequências.
    Quando a desflorestação é feita por meio de queimadas, ocorre outro problema: o fogo acaba destruindo também os microorganismos que realizam a decomposição da matéria orgânica e promovem a reciclagem dos nutrientes necessários às plantas. A perda de matéria orgânica deixa o solo mais exposto à erosão e à ação das chuvas, acentuando o seu empobrecimento.

   Infelizmente,  a desflorestação foi durante muitos anos vista como impulsionadora do desenvolvimento da economia de um país, visto que com ela se liquida o "capital" de uma floresta, abrindo caminho para outras formas de lucro, como a produção de comida, matéria-prima, energia ou construção de infra-estruturas. Esta perspectiva mudou na actualidade, mas não é por isso que a desflorestação diminuiu.

Fontes: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo13_2.php

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Poluição do Solo


O lixo
    No início da história da humanidade, o lixo produzido era formado basicamente de folhas, frutos, galhos de plantas, pelas fezes e pelos demais resíduos do ser humano e dos outros animais. Esses restos eram naturalmente decompostos, isto é, reciclados e reutilizados nos ciclos do ambiente.
Com as grandes aglomerações humanas, o crescimento das cidades, o desenvolvimento das indústrias e da tecnologia, cada vez mais se produzem resíduos (lixo) que se acumulam no meio ambiente.
    Hoje, além do lixo orgânico, que é naturalmente decomposto, reciclado e "devolvido" ao ambiente, há o lixo industrial eletrônico, o lixo hospitalar, as embalagens de papel e de plástico, garrafas, latas etc. que, na maioria das vezes, não são biodegradáveis, isto é, não são decompostos por seres vivos e se acumulam na natureza.
    A poluição do solo causada pelo lixo pode trazer diversos problemas:
- O material orgânico que sofre a ação dos decompositores - como é o caso dos restos de alimentos - ao ser decompostos, forma o chorume. Esse caldo escuro e ácido  infiltra-se no solo. Quando em excesso, esse líquido pode atingir as águas do subsolo (os lençóis freáticos) e, por consequência contaminar as águas de poços e nascentes. As correntes de água da chuva também podem levar esse material para os rios, os mares etc.

Fig.1 - Lixo no solo

 A poluição do solo por produtos químicos
     A poluição do solo também pode ser ocasionada por produtos químicos lançados nele sem os devidos cuidados. Isso ocorre, muitas vezes, quando as indústrias se desfazem do seu lixo químico. Algumas dessas substâncias químicas utilizadas na produção industrial são poluentes que se acumulam no solo.
    Um outro exemplo são os pesticidas aplicados nas lavouras e que podem, por acumulação, saturar o solo, ser dissolvidos pela água e depois ser absorvidos pelas raízes das plantas. Das plantas passam para o organismo das pessoas e dos outros animais que delas se alimentam.
    Os fertilizantes, embora industrializados para a utilização no solo, são em geral, tóxicos. Nesse caso, uma alternativa possível pode ser, por exemplo, o processo de rotação de culturas, usando as plantas leguminosas; esse processo natural não satura o solo, é mais económico que o uso de fertilizantes industrializados e não prejudica a saúde das pessoas.
    A poluição do solo, e da biosfera em geral, pode e deve ser evitada. Uma das providências necessárias é cuidar do destino do lixo.

    O solo é um ecossistema com característica físicas, químicas e biológicas próprias, no qual se desenvolvem uma grande quantidade de diferentes formas de vida. A poluição do solo pode definir-se como a presença de substâncias que têm uma acção nociva na saúde do homem, nos recursos biológicos, e nos ecossistemas.
    A poluição pode dar-se devido ao carácter receptor dos solos, que se encontram em equilíbrio com a litosfera, a hidrosfera e a atmosfera, ou pela acção directa de seres vivos que podem romper o seu equilibro físico e químico.
    O solo, como todos os ecossistemas, possui uma capacidade de auto-depuração que é devida à actividade biológica dos microrganismos, à actividade química, que desencadeia reacções de oxidação, redução, hidrólise, etc. e à capacidade de filtração que faz com que sejam retidos vários tipos de poluentes.

Fontes: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo11.php

Composição do solo


    O solo é uma mistura de vários minerais, matéria orgânica e água capaz de manter a vida das plantas na superfície terrestre. É o produto final das ações dos processos físicos, químicos e biológicos que degradam as rochas e em grande parte produzem minerais. A porção orgânica do solo consiste em biomassa de plantas em várias fases de apodrecimento. No solo podem ser encontradas muitas populações de bactérias, fungos, e animais como minhoca; por exemplo.
       A fração sólida do solo possui aproximadamente 5% de matéria orgânica e 95% de matéria inorgânica. Alguns solos podem conter até 95% de material orgânico ou menos de 1% desse material.
       Os solos típicos mostram camadas características com o aumento da profundidade. Estas camadas são chamadas horizontes; os horizontes formam-se como o resultado de interações complexas que ocorrem devido ao desgaste do solo provocado pelas mudanças ao longo do tempo.
     A água da chuva que atravessa o solo carrega sólidos dissolvidos e coloidais para horizontes inferiores, onde eles são depositados. Processos biológicos, tais como o apodrecimento bacteriano da biomassa das plantas, produzem CO2 ligeiramente ácido, ácidos orgânicos, e combinações de complexos que são levados através da água da chuva para horizontes inferiores, onde eles interagem com areia e minerais, alterando as propriedades dos mesmos.
       A camada do topo do solo, de vários centímetros de espessura, é conhecida como o horizonte A, ou camada da superfície do solo. Esta é a camada de máxima atividade biológica no solo e contém a maior parte de material orgânico.
       A camada seguinte é o horizonte B, ou subsolo. Recebe materiais tais como matéria orgânica, sais e partículas de areia que são carreadas do horizonte A. O horizonte C é composto de rochas desgastadas a partir das quais originou-se o solo.
Fig.1 - Horizontes do Solo
       Os solos exibem uma grande variedade de características que são usadas para a sua classificação para vários propósitos, inclusive produção agrícola, construção de estrada e etc. Outras características do solo incluem resistência, viabilidade, tamanho de partícula, permeabilidade, e grau de desenvolvimento.

  Na verdade, os conhecimentos que detínhamos sobre o solo e a sua composição eram quase nulos portanto consideramos de extrema relevância o seu estudo, já que o ser humano depende grandemente dele para sobreviver.

Fontes:http://www.uenf.br/uenf/centros/cct/qambiental/so_agua.html

domingo, 13 de maio de 2012

Tipos de Solo


    O tipo de solo encontrado em um lugar vai depender de vários fatores: o tipo de rocha matriz que o originou, o clima, a quantidade de matéria orgânica, a vegetação que o recobre e o tempo que se levou para se formar.
    Em climas secos e áridos, a intensa evaporação faz a água e os sais minerais subirem. Com a evaporação da água, uma camada de sais pode depositar-se na superfície do solo, impedindo que uma vegetação mais rica se desenvolva.
    Já em climas húmidos, com muitas chuvas, á água pode infiltrar-se no solo e arrastar os sais para regiões mais profundas.

  • Solos arenosos são aquele que têm uma quantidade maior de areia do que a média (contêm cerca de 70% de areia). Eles secam logo porque são muito porosos e permeáveis: apresentam grandes espaços (poros) entre os grãos de areia. A água passa, então, com facilidade entre os grãos de areia e chega logo às camadas mais profundas. Os sais minerais, que servem de nutrientes para as plantas, seguem juntamente com a água. Por isso, os solos arenosos são geralmente pobres em nutrientes utilizados pelas plantas.

Fig.1 - Solo arenoso

  • Os chamados solos argilosos contêm mais de 30% de argila. A argila é formada por grãos menores que os da areia. Além disso, esses grãos estão bem ligados entre si, retendo água e sais minerais em quantidade necessária para a fertilidade do solo e o crescimento das plantas. Mas se o solo tiver muita argila, pode ficar encharcado. A água em excesso nos poros do solo compromete a circulação de ar, e o desenvolvimento das plantas fica prejudicado. Quando está seco e compacto, a sua porosidade diminui ainda mais, tornando-o duro e ainda menos arejado.
Fig.2 - Solo argiloso

  • A terra preta, também chamada de terra vegetal, é rica em húmus. Esse solo, chamado solo humífero, contém cerca de 10% de húmus e é bastante fértil. O húmus ajuda a reter água no solo, torna-se poroso e com boa aeração e, através do processo de decomposição dos organismos, produz os sais minerais necessários às plantas.
  • Os solos mais adequados para a agricultura possuem uma certa proporção de areia, argila e sais minerais utilizados pelas plantas, além do húmus. Essa composição facilita a penetração da água e do oxigênio utilizado pelos microorganismos. São solos que retêm água sem ficar muito encharcados e que não são muito ácidos.
  • Terra roxa é um tipo de solo bastante fértil, caracterizado por ser o resultado de milhões de anos de decomposição de rochas de arenito-basáltico originadas do maior derrame vulcânico que este planeta já presenciou, causado pela separação da Gondwana - América da Sul e África - datada do período Mezozóico. É caracterizado pela sua aparência vermelho-roxeada inconfundível, devida a presença de minerais, especialmente Ferro.
Fig.3 - Solo humífero
    Numa outra classificação são distinguidos três tipos diferentes de solos: solos não coesivos (Granulares), solos compostos de pedras, pedregulhos, cascalhos e areias, ou seja, de partículas grandes; os solos coesivos, os grãos destes tipos de solos são muito finos, quase farináceos, se aderem firmemente um a outro e não podem ser reconhecidos a olho nu;  e os solos mistos compostos por uma mistura de partícula de diferentes tamanhos, ou seja, de grãos finos (coesivos) com outros de maior granulometria. Seu comportamento está diretamente relacionado à percentagem de partículas finas existentes, em relação às partículas grossas.
Fontes: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo8.php

sexta-feira, 11 de maio de 2012

O Solo


       O solo é uma camada finamente dividida de minerais resistentes e materiais orgânicos que favorecem o crescimento das plantas. Para os seres humanos e a maioria dos organismos terrestres, o solo é a parte mais importante da geosfera. Embora o solo corresponda a uma faixa muito estreita quando comparado com o diâmetro total da Terra, é dele que provém a maioria dos alimentos requeridos pelos organismos terrestres. Um solo fértil e um clima que contribui para sua produtividade são valiosos recursos que uma nação pode ter.
       Além de ser o local da maior parte da produção de alimentos, o solo é o receptor de grandes quantidades de poluentes. Fertilizantes, pesticidas, e resíduos sólidos depositados no solo freqüentemente contribuem para poluição da água e do ar.
       O solo é formado pelo desgaste de rochas como resultado da interação dos processos geológico, hidrológico, e biológico. Os solos são porosos e verticalmente estratificados em linhas horizontais, como o resultado da filtração de água e de processos biológicos. São sistemas abertos que sofrem constantes trocas de substâncias e energia com a atmosfera, hidrosfera e biosfera.
       O solo, como recurso natural básico, disponibiliza múltiplas funções ou serviços aos seres vivos em geral e ao Homem em particular, constituindo:
  • Componente fundamental dos ecossistemas e dos ciclos naturais;
  • Reservatório de água;
  • Suporte essencial do sistema agrícola;
  • Espaço onde se desenvolve a vida humana.
    Na aula, o solo foi definido como o meio natural para o crescimento das plantas.  Neste sentido, a espessura do solo é determinada pelo comprimento das raízes das plantas.
Fontes: http://www.uenf.br/uenf/centros/cct/qambiental/so_inicio.html

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O Urânio
• Urânio é um metal muito pesado que pode ser utilizado como fonte energética muito concentrada.
• Ocorre na maioria das rochas em concentrações de 2 a 4 ppm (partes por milhão), sendo muito comum na crosta terrestre associado a estanho, volfrâmio e molibdénio. Ocorre na água do mar e pode ser removido dos oceanos.
• Foi descoberto em 1789 por Martin Klaproth, um químico alemão, num mineral chamado Pecheblenda. O nome deriva de Urano, planeta descoberto oito anos antes.
• Minério de urânio é toda concentração natural de minerais na qual o urânio ocorre em proporções e condições tais que permitam a sua exploração económica, dentro de um contexto estratégico.
Fig.1- Jazigo de urânio


Mercado Consumidor
    O minério de urânio atende diversos setores industriais através do fornecimento de matéria-prima (ilmenita, zirconita e rutilo) para a indústria siderúrgica, automobilística, de fibras óticas e de cerâmicas especiais. Até à II Guerra Mundial, os minérios de urânio constituíam apenas uma fonte comercial de rádio (Ra). Os sais de urânio tinham aplicações limitadas (fotografia, cerâmica). Com o desenvolvimento da indústria nuclear, o urânio passou a ser usado em armas e reatores nucleares.
    Atualmente, embora seja também utilizado na medicina e na agricultura, a sua principal aplicação comercial é na geração de energia elétrica, na qualidade de combustível para reatores nucleares de potência. Assim, a demanda global de urânio é formada por diversos países que utilizam a energia nuclear na sua matriz energética.



Ocorrências de Urânio em Portugal
    Os jazigos de urânio tidos como mais importantes em Portugal, estão localizados na sua região central (Província das Beiras) dispostos na parte ocidental do Maciço Hespérico abrangendo a Cordilheira Central ( Serra da Estrela, Lousã, S. Pedro de Açor, Gardunha) e estendendo-se para a parte poente até às Serras do Buçaco, Caramulo e Montemuro.
    Os chamados granitos monzoníticos, de duas micas, em especial o tipo porfiróide de grão grosseiro, são as rochas dominantes na região e contribuem para 40% da cobertura daquela área.
    Para além dos granitos referidos, observam-se os granodioritos, os xistos argilosos, os xistos grafitosos, os micáceos e quartzo-micáceos, os micaxistos os grauvaques, os gnaises, os migmatitos, os quartzitos e as rochas detríticas dos depósitos de cobertura 
Fig.2 - Ocorrências de urânio em Portugal

    Assim poderemos encontrar jazigos de urânio:
  • Na região de Trás-os-Montes conhecem-se 35 ocorrências de urânio repartidas pela faixa da Vilariça, Faixa da Ervedosa, nos maciços de Vila Real – Vila Nova de Foz Coa, Miranda do Douro - Torre de Moncorvo e na região Amarante – Cinfães.
  • Na faixa da Vilariça estão reconhecidas 26 ocorrências: 15 intragraníticas e 7 em metassedimentos, junto ao contacto. A maioria destas ocorrências são filonianas. A mineralização é constituída por minerais secundários torbernite autunite, saleíte, etc.. A pechblenda é muito rara.
  • Das ocorrências, quase todas de pequena dimensão, merece especial destaque a de Horta da Vilariça com 945 toneladas de óxido de urânio. Trata-se dum jazigo de disseminação.
  • Na área granítica de Vila Real – Vila Nova de Foz Côa - são conhecidas duas ocorrências filonianas na região de Carrazeda de Ansiães - Vila Flor.
  • Na área de Miranda do Douro – Torre de Moncorvo são conhecidas duas ocorrências filonianas quartzosas na região de Carviçais (Moncorvo).
  • Na área granítica de Amarante – Cinfães são conhecidas três ocorrências uraníferas intragraníticas filonianas, tendo sido calculadas 12 toneladas de óxido de urânio.
  • Na região de Sernancelhe e Aguiar da Beira há filões quartzosos com mineralizações uraníferas nas regiões de Souto de Aguiar, Reboleira, Gradiz, Quintela e Sebadelhe da Serra. Trata-se em geral de pequenas ocorrências com mineralizações secundárias de urânio.



Exploração do urânio em Portugal
    Portugal, com reservas de urânio relativamente importantes, em particular no centro interior e destaque para as áreas de Viseu e Portalegre, foi um dos primeiros países a explorá-lo, logo após a sua descoberta nas jazidas da Urgeiriça, em 1907, embora o fizesse para extração de rádio e o urânio fosse rejeitado como ganga. Só com o advento da II Guerra Mundial se dá valor a este recurso; a sua exploração, a princípio descontrolada, passou a ser, a partir de 1962, dirigida pelo Estado. Entretanto a exploração na Urgeiriça terminou, em sequência do encerramento da empresa em finais de 1993.


A extração de urânio
    Mesmo as maiores jazidas contêm menos de 1% de urânio: uma grande quantidade de rocha tem de ser extraída para se obter quantidades úteis de urânio. Grande parte desta rocha é esmagada em partículas muito finas, quase tão radioativas como o urânio e que se dispersam facilmente pelo ar. Para se extrair o urânio geralmente são utilizadas grandes quantidades de água, ácido sulfúrico e composto ligante sobre estas partículas. Com a maioria do urânio removido (cerca de 90%), as escórias são armazenadas em escombreiras ou barragens. O nível de radiação destes resíduos pode ser 20 a 100 vezes superior aos níveis naturais dos encontrados nas jazidas superficiais, e têm de ser armazenados por centenas a milhares de anos até atingirem um estado estável. As poeiras radioativas, os materiais tóxicos e o radão gerados ao longo destes processos e presentes nos resíduos podem dispersar-se facilmente, contaminando pessoas e ecossistemas.
    Outro processo de extração do urânio muito comum é através da injeção na água subterrânea de soluções altamente ácidas ou alcalinas. Este é um processo altamente contaminante, tanto dos lençóis freáticos, do solo e da rocha, mas também gerando resíduos altamente radioativos e tóxicos.


As Minas da Urgeiriça
    Segundo alguns documentos, a primeira fase da história do urânio em Portugal, começou em 1907 com a descoberta dos primeiros jazigos urano-radíferos. Começa no referido ano, a chamada época da prospeção e exploração do rádio que se concluí propriamente em 1944.
    Em 1923 já tinham sido, segundo os mesmos documentos, assinalados 94 jazigos, situação que se manteve até 1944. Como de início não havia ainda, capacidade tecnológica para se processar em Portugal ao tratamento do minério, este era exportado em bruto para França. Aí se procedia ao seu tratamento.
    Em 1913 inicia-se a exploração da mina da Urgeiriça que viria a revelar-se como sendo um dos mais importantes depósitos uraníferos da Europa.
Fig.2 - As minas da Urgeiriça
    A construção de instalações começa a observar-se e dá-se o arranque de complexos oficinais onde se começa a obter os concentrados radíferos.
    Inicialmente e como consequência da euforia à volta da descoberta do rádio, ainda que sujeita a algumas interrupções, as instalações da Urgeiriça mantêm-se em laboração até 1944 exclusivamente dedicada à produção do rádio.
     Graças aos conhecimentos cada vez mais e melhores, alicerçados pela prática, começaram a competir no mercado internacional com outros países, na produção e consequente comercialização do rádio. Calcula-se que terá sido da ordem das 25.000 toneladas de minério com teores de 0,50% de U3O8 (óxidos de urânio), a produção total durante o período de tempo a que se faz referência.
    Em 1945, dá-se, devido à bomba atómica, uma inflexão profunda na produção portuguesa, aliás à semelhança do que ia sucedendo por todo o mundo produtor de minérios. Passa-se da produção do rádio para a produção do urânio.
    Começa nova fase em Portugal, com a " Oficina de tratamento Químico da Urgeiriça". A produção sobe então para 125 toneladas de U3O8. Põe- se em prática para o tratamento dos minérios pobres na mina da Urgeiriça e nas do grupo Este da Serra da Estrela, um método novo designado por "Lixiviação Natural"
    Até 1962 a " Companhia Portuguesa de Radium Lª", entidade exploradora à época existente, manteve em laboração 16 minas. Na totalidade foram extraídas 555.000 toneladas de minério com um teor médio de 0,27% de U3O8 de cujo tratamento se obtiveram 1325 toneladas de trióxido que foram integralmente exportadas para os Estados Unidos da América.
    Como já referimos a exploração na Urgeiriça terminou em finais de 1993.



Fontes: http://www.lneg.pt/; 26/04/12; 12:14
http://www.igeo.pt/atlas/Cap3/Cap3b_8.html; 26/04/12; 12:18
http://www.socgeol.org/documents/type_1/BSGPVIII0301.pdf; 26/04/12; 12:31
http://www.sppcr.online.pt/uranio.htm, 03/05/12; 18:34

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Minimização dos impactes ambientais da actividade mineira


    Realização de trabalhos de segurança e de requalificação ambiental:
  • Redução de poeiras e gases,
  • Pavimentação e manutenção de acessos;
  • Manutenção regular do equipamento;
  • Implementação de sistemas de redução na emissão de poeiras;
  • Cobertura parcial ou total de instalações de tratamento;
  • Evitar a exposição de instalações industriais a ventos dominantes;
  • Rega dos acessos com água ou estabilizadores químicos;
  • Limpeza periódica das pistas de rodagem;
  • Limitar a velocidade de circulação das máquinas;
  • Armazenamento de substâncias poluentes em locais adequados.
Fig.1 - Relorestação.

    
    Dado os grandes impactes ambientais das explorações mineiras é necessário tomar uma série de medidas de modo a proteger o máximo possível a região durante os trabalhos mineiros. Cada  caso deve ter um plano específico, já que há demasiadas variáveis a ter em conta mediante o tipo de exploração que é efectuada, mas todos os planos devem ter como principal objectivo a protecção da região tanto quanto for possível.
Fontes: http://docentes.esa.ipcb.pt/lnova/AIA%20pedreiras%200809.pdf

Impactes ambientais das explorações mineiras

 Impacte ambiental é a alteração no meio ou em algum dos seus componentes por determinada acção ou actividade. Estas alterações precisam ser quantificadas pois apresentam variações relativas, podendo ser positivas ou negativas, grandes ou pequenas.

    
    O objetivo de se estudar os impactes ambientais é, principalmente, o de avaliar as consequências de algumas acções, para que possa haver a prevenção da qualidade de determinado ambiente que poderá sofrer a execução de certos projetos, ou logo após a implementação dos mesmos.
    Para explorar a maioria dos minerais, temos necessidade de extrair uma grande quantidade de material do subsolo. O material que não é utilizado (ganga) são depositados nas escombreiras. Como nas escombreiras há presença de compostos tóxicos e são muito instáveis, normalmente, não existe vegetação.
    À actividade extractiva podemos associar outros impactes, que podem permanecer por longos períodos de tempo, mesmo depois do encerramento da mina.

Impactes associados à actividade extractiva:
  • Libertação de compostos químicos tóxicos (óleos, solventes ácidos utilizados no processamento do minério);
  • Formação de águas de drenagem ácidas (principalmente em explorações de minérios metálicos ricos em sulfuretos (Ex: Pirite);
  • A água ácida pode dissolver outros elementos como o cobre e o bronze;
  • A acidificação das águas e grandes quantidades de metais pesados poluem muito e afectam os ecossistemas.
  • Erosão do material que compõe as escombreiras pela acção do vento e da água;
  • Modificação dos ecossistemas.
  • Fissuração e fractura no local, alterando os padrões de escoamento subterrâneo da água;
  • Modificação do leito dos rios com a exploração de areias em meios fluviais;
  • Poluição;
  •  Os trabalhadores estão expostos a substâncias, radiações e/ou partículas que podem causar doenças. (Ex:Silicose).
    As informações acima referidas são suficientes , mas achamos por bem acrescentar outras consequências apresentadas na aula, são elas: a degradação dos solos (contaminações, destruição, pisoteia, etc), a degradação da paisagem (cavidades, sucatas, aridez, etc), contaminação de águas superficiais e subterrâneas , poluição sonora, poluição atmosférica (fumos, poeiras), alteração do tecido social, alterações das estruturas geológicas, perda grave da biodiversidade.
    Comprovamos então que a actividade mineira tem grande e grave impacte no ambiente que perdura durante muito tempo. Assim, nem todas as regiões têm oportunidade de explorar os recursos geológicos que têm, já que não têm forma de minimizar e controlar o impacte ambiental, durante e depois da exploração.
 Infelizmente e demasiadas vezes, estas consequências são ignoradas em prole dos interesses económicos, pelo  que se torna imperiosa a criação e aplicação de legislação mais rigorosa. Portugal tem essa legislação, apenas não é devidamente aplicada pelo que o ambiente fica muitas vezes a perder...

Fontes:http://www.fassabortolo.pt/mat%C3%A9rias-primas.html
http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/impacto.htm




quinta-feira, 3 de maio de 2012

Impacte ambiental das minas abandonadas

    Da necessidade do Homem nasce a sua busca por matérias-primas minerais. Por outro lado, a dinâmica da economia, incluindo o desenvolvimento de novas tecnologias, dita a abertura e o fecho de instalações industriais destinada à produção e tratamento de minérios.
    A contaminação por minas abandonadas, é associada a grandes potências mineiras actuais (Austrália, Estados Unidos, Alemanha, França, União Soviética). Em alguns destes países, este problema tem sido atentamente monitorizado e estudado, e começa-se a vislumbrar a magnitude do problema.  Obviamente que este é também um problema que afecta Portugal, estando inventariadas cerca de 100 áreas mineiras abandonadas espalhadas por todo o país.
    O impacto ambiental é especialmente intenso quando o minério era constituído por sulfuretos. Estes minerais são particularmente instáveis nas condições prevalecentes à superfície da Terra. A alteração dos sulfuretos processa-se inicialmente por hidrólise, concomitantemente com a oxidação do ferro, o qual contribui para a instabilidade da pirite. Eventualmente, o ferro precipitará sob a forma de um hidróxido.
Todo o processo pode ser intensificado pela presença de algumas espécies de bactérias do género Thiobacillus que obtêm energia oxidando o ferro ou o enxofre. Resulta do conjunto dos processos químicos, a produção de um fluido aquoso ácido (águas ácidas) e rico em alguns metais pesados poluentes que integravam o minério (ex. Cu, Zn, Pb, As, Hg).
    Áreas mineiras abandonadas nas quais não há qualquer monitorização dos perigos que apresentam podem levar a danos irreparáveis nas zonas envolventes. A análise do impacto ambiental provocado por minas desactivadas e posteriormente abandonadas baseia-se na compreensão dos processos geológicos, hidrológicos, geoquímicos e biológicos fundamentais que causam a degradação ambiental, frequentemente observada a jusante da actividade mineira.
montalegre portugal minas borralha
Fig.1 -Mina do Borralho
    Frequentemente, são as escombreiras de minas abandonadas o principal foco de poluição, por incluírem sulfuretos capazes de reagirem até formarem águas ácidas aumentando o poder de dissolução de elementos quimicos tóxicos, lixiviando-os e transportando-os, por vezes até distâncias consideráveis da origem, e resultando na contaminação de águas superficiais ou subterrâneas.
Fig.2 - Mina de S.Domingos
    A actual legislação vigente, na maioria dos países ocidentais, garante um encerramento consentâneo com o desenvolvimento sustentável. No passado, no entanto, o abandono das áreas afectadas pela exploração de recursos minerais foi efectuada sem os devidos cuidados e constitui uma importante fonte de contaminação.

Fontes:http://www.alentejolitoral.pt/PortalAmbiente/RiscosAmbientais/Riscosgeologicos/Paginas/Riscosgeoquimicosemminasabandonadas.aspx
http://www.google.com/imgres?um=1&hl=pt-

O mármore de Estremoz


     A etimologia da palavra “mármore” provém do grego “marmairein” ou do latim “marmor” e significa “pedra de qualidade” ou “pedra branca”; para os geólogos o mármore é exclusivamente uma rocha metamórfica cristalina e carbonatada, composta por cristais de calcite (mármore calcítico) ou dolomite (mármore dolomítico), resultante da recristalização de rochas calcárias ou dolomíticas previamente existentes. Um conceito comercial mais comum refere que o mármore é toda a rocha cristalina sedimentar ou metamórfica, carbonatada ou não, que apresentando um aspecto semelhante ao do mármore, possa ser extraída em blocos, evidencie boas características para o corte e seja susceptível de adquirir bom polimento. No caso dos mármores alentejanos, apenas se exploram os de natureza calcítica embora os mármores dolomíticos sejam mais abundantes, estão muito fracturados e deles não é possível obter blocos com dimensão comerciável (dimensões médias próximas de: 2m x 1,5m x 1,2m).
Fig.1 - Mármore de Estremoz
       Das imagens de marca que Portugal disponibiliza ao Mundo, os Mármores de Estremoz estão entre as mais conhecidas. A excelência evidenciada pelas variedades cromáticas mas também, e cada vez mais, pelas suas propriedades físico-mecânicas, em função de constrangimentos de mercado, colocam os Mármores de Estremoz entre os melhores do Mundo, sejam quais forem os parâmetros comparativos que se utilizem.
    O anticlinal de Estremoz corresponde a uma estrutura simétrica com um núcleo precâmbrico a que se sobrepõe uma Formação Dolomítica de idade câmbrica inferior, os mármores calcíticos explorados como rocha ornamental ocorrem intercalados no Complexo Vulcano-Sedimentar-Carbonatado de Estremoz onde constituem a maior parte do volume. A sequência completa-se com xistos negros e liditos, por vezes com graptólitos, de idade silúrica. Esta sequência tem equivalência litológica com a que ocorre na Green Mountain, no Estado de Vermont – EUA. Esta correspondência transporta-nos para uma evolução geodinâmica de abertura e fecho de oceanos que não podemos retratar neste pequeno texto.
    A extracção deste recurso remonta, pelo menos, ao Período Romano existindo, ainda, preservados vestígios desta actividade com mais de dois mil anos. O indício mais antigo reconhecido da utilização dos mármores na região alentejana, data do ano 370 a.C. e consiste numa lápide mandada executar pelo capitão cartaginês Maarbal, na sua viagem de Faro para Elvas, que foi descoberta por Túlio Espanca em Terena - Alandroal. É interessante referir que no Séc. I, tendo os Romanos já adquirido experiência na extracção e transformação de mármores em Itália, rapidamente reconheceram o valor dos mármores alentejanos passando a utilizá-los sistematicamente na arquitectura peninsular, tanto em edifícios públicos como particulares. Aos olhos de um leigo poderia parecer que assim não seria e que eles teriam trazido os seus mármores para a Península Ibérica, no entanto a análise comparativa entre isótopos de carbono e oxigénio permitiu, sem qualquer dúvida, afirmar que, por exemplo, na edificação do Templo Romano e de outras construções romanas de Évora, os mármores encontrados provieram do anticlinal de Estremoz.

Fig.1 - Pedreira de Mármore de Estremoz

    Para além das explorações de mármore no anticlinal de Estremoz existem ainda outros locais que no passado foram intensivamente explorados, a saber por ordem crescente de importância: Brinches; Escoural; Serpa; Viana do Alentejo; Trigaches e Vila Verde de Ficalho. Nestes locais exploravam-se rochas únicas pelas cores e texturas que apresentavam, no entanto, apenas os dois últimos mantêm pedreiras activas.


Fontes: http://olhares.uol.com.br/marmore-de-estremoz-foto172588.html
http://www.alentejolitoral.pt/PortalAmbiente/RecursosNaturais/Recursos%20geologicos/Paginas/Rochasornamentais.aspx