terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Cortes geológicos

    Com os cortes geológicos pretende-se visualizar a disposição e as relações entre as diferentes rochas que se encontram em profundidade, facilitando assim a leitura das estruturas que ocorrem na carta.

Corte geológico da carta 46-D - Mértola
Fig.1 - Corte geológico da carta 46-D - Mértola


    Consideremos, como exemplo, a Carta Geológica figurada, da qual, para simplificar, se retirou a planimetria e altimetria.

     Para construir um corte geológico, procede-se de modo análogo ao que foi descrito para um perfil topográfico: Feito o traçado da localização do corte (que deve ser, quanto possível, perpendicular à direcção das camadas ou aos eixos das estruturas), ajusta-se-lhe o bordo de uma tira de papel. Nesta, além de se marcarem as intersecções com as curvas de nível, linhas de água, etc. (pois conjuntamente traçar-se-á o perfil topográfico onde irá implantar-se a geologia), marcam-se, ainda, as intersecções do bordo da tira com os limites geológicos e com os acidentes tectónicos.

               

Secção de uma carta geológica simplificada

Fig.2- Secção de uma carta geológica simplificada mostrando a localização do corte geológico A-B que se pretende realizar

     
      Estabelecido o perfil topográfico, estas intersecções dos limites e acidentes vão ser assinaladas na linha do perfil.


      Recobre-se então esta linha - nos espaços delimitados pelos pontos - com lápis de cor, usando as cores das manchas correspondentes às diferentes formações intersectadas.

    Analisando, na Carta Geológica, a relação entre as diferentes formações identificadas pelas diferentes manchas coloridas, tendo em conta as direcções e inclinações das camadas que vêm indicadas no mapa, próximo dos limites, a idade das formações e, ainda, os dados referentes às estruturas - que podem ser depreendidas do exame atento da sucessão (idade relativa) e contorno das manchas coloridas que representam as formações, lança-se o andamento das camadas para a profundidade, junto dos limites.



   
    No final, fazem-se encontros de limites e correlacionam-se camadas de tal modo que se obtenha um resultado racional, coerente com a cartografia observada no mapa.


 

  Este tipo de trabalho é semelhante à elaboração de perfis topográficos (apesar de ligeiramente mais complexo), sendo necessário ter em conta mais factores. A partir de um perfil topográfico também nós obtivemos um corte geológico e todas estas fases foram seguidas pelo que achámos interessante publicar a sua descrição.

Fonte:http://e-geo.ineti.pt/edicoes_online/diversos/cartas/capitulo6.htm

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