terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Primatas

    Os primatas são um grupo de animais mamíferos que possuem muitas características físicas semelhantes e pertencem à mesma ordem.

    Entre as características físicas que os primatas possuem em comum, podemos citar:
- Sistema de visão desenvolvido com dois olhos dispostos lateralmente;
- Cérebro desenvolvido;
- Face de tamanho pequeno;
- Duas mamas no peito;
- Capacidade para ficar em pé;
- Presença de cinco dedos nas mãos e nos pés;
- Narinas posicionadas para frente.

Exemplos de espécies de primatas: 

Fig.1- Ser humano
Fig.2- Gorila
Fig.3- Chimpanzé
Fig.4 - Lémur
    Nem sempre os seres humanos aceitam as suas relações familiares, ainda menos quando os nossos primos afastados são animais irracionais. Mas a verdade é irrefutável, os cientistas acumulam cada vez mais provas de que "descendemos dos macacos". Não somos uma espécie única e sem elos com o mundo selvagem, nao somos um milagre da criação: somos primatas.

Fontes: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/primatas.htm 



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Homem de Neanderthal

    O Homo neanderthalensis cujo nome lembra o local onde foi encontrado, surgiu há aproximadamente 200 mil anos atrás, originário possivelmente dos Homo erectus que se adaptaram ao clima frio da Europa. O seu cérebro era de tamanho igual ao nosso, a sua garganta era projetada para a fala, eles possuíam uma linguagem própria, viviam em grupos familiares formados de 8 à 25 pessoas no máximo, o seu corpo era mais baixo, mais forte e mais atarracado do que o nosso, eram inteligente.
    Há aproximadamente 35 mil anos atrás o Homo sapiens chegou a Europa vindo da Ásia, no princípio havia uma coexistência pacífica e  até benéfica para os Homens Neandertais, que aprendiam com o Homo sapiens , mas com o tempo mais e mais Homo sapiens chegavam à Europa, tal começou a gerar conflitos e os Homo sapiens tinham armas mais sofisticadas que os Homens de Neandertal, tendo-se, supostamente, iniciado o processo de extinção dos Homens Neandertais.
Fig.1- Homens de Neanderthal
 Reprodução
Fig.2- Semelhanças e diferenças com o Homem actual

  • O Menino de Lapedo

     Menino do Lapedo foi a denominação dada ao fóssil de uma criança encontrado em 1998 no Abrigo do Lagar Velho do Vale do Lapedo, na cidade portuguesa de Leiria.
    O menino do Lapedo foi descoberto em 28 de Novembro de 1998. A criança foi embrulhada numa mortalha tingida com ocre vermelho e estendida na fossa, de costas e ligeiramente inclinada para a parede do abrigo. 
     O esqueleto mede cerca de 90 centímetros. Desconhece-se o sexo do esqueleto (apesar de ser chamado "menino"). O esqueleto no entanto não estava totalmente intacto: a mão, o antebraço e o pé esquerdos tinham sido deslocados, ou por um animal a escavar na toca ou no ato da descoberta; o crânio, o ombro e o braço direitos foram esmagados durante o processo de terraplanagem do local. A caixa torácica, a coluna vertebral, a cintura pélvica, as pernas, o braço esquerdo e o pé direito, no entanto, estavam intactos e na posição original.
    A relevância deste achado arqueológico, com cerca de 24.500 anos, dá-se pelo facto do fóssil ter pertencido a uma criança que teria nascido do cruzamento de um Homo neanderthalensis com um Homo sapiens, o que revelaria que espécies diferentes poderiam cruza-ser entre si e gerar descendentes. Com o menino do Lapedo podemos também sugerir que o Neandertal desapareceu não por extinção mas sim por interação entre eles.
    Hoje ainda continuam as investigações arqueológicas e antropológicas ao esqueleto, bem como as discussões da sua origem - se de facto resultou da mistura das duas espécies ou na verdade pertence a uma delas.

     Apesar de a causa da extinção do Homem Neanderthal não estar absolutamente provada, a principal teoria culpabiliza os nossos antepassados, o Homo sapiens. Todavia, estas espécies podem ter-se cruzado, pelo que os seres humanos actuais terão uma parte da sua carga genética. 
    Descobertas recentes comprovam que o nosso genoma é 99,9% semelhante ao dos Homens e Neanderthal e que o cabelo ruivo é uma herança directa deles, já que também seriam ruivos.
Fig.4 - Reconstituição facial do Menino de Lapedo


Fontes:http://www.avph.com.br/homoneanderthalensis.htm
http://wwwnovas.blogspot.com/2011/01/os-nossos-antepassados.html
http://revistaepoca.globo.com/Revista/.html

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

"A Árvore Genealógica da Humanidade"

    A National Geographic Society, IBM,  o geneticista Spencer Wells, e Waitt Family Foundation lançaram o Projeto Genográfico, para entender a jornada humana, de onde viemos e como chegamos  onde vivemos hoje. E são as conclusões retiradas deste projeto que são retratadas no documentário “A Árvore Genealógica da Humanidade”.
    O Projeto Genográfico tem como objetivo registar novos dados sobre a história migratória da raça humana e responder a perguntas antigas sobre a diversidade genética da humanidade. O público é convidado a participar e fornecer o seu ADN, como milhares de candidatos já o fizeram. Com este ADN, os geneticistas como Spencer Wells traçam o nosso cronograma evolutivo comum através dos tempos com base nos” marcadores genéticos” (mutações nas cadeias de ADN que usualmente se mantêm intactas durante gerações).
Fig.1- Spencer Wells recolhendo amostras de ADN
    No documentário, uma equipa de investigadores instala-se no bairro Nova Iorquino de Queens, conhecido pela enorme quantidade de imigrantes que nele habitam, e recolhe amostras de alguns voluntários, tentando localizar o seu antepassado mais antigo e adicionar novas informações relativamente á migração da nossa espécie.
    Mas esta recolha não é suficiente. Num mundo cada vez mais populoso torna-se necessário adquirir amostras genéticas remanescentes de povos indígenas e tradicionais, cujas identidades étnicas e genéticas estão isoladas, de forma a garantir que nenhum elo importante é perdido. Assim, o documentário leva-nos numa viagem pelo mundo, apresentando-nos tribos e povos isolados e desconhecidos.
    Mas mais do que uma viagem pelo mundo, presenciamos uma viagem no tempo. O registo fóssil sugere que a origem da espécie humana remonta à África e as evidências genéticas comprovam que somos todos descendentes de um ancestral comum africano que viveu há apenas 60.000 anos atrás. E é aí que começa a nossa árvore genealógica.
    Os genes recolhidos pelos investigadores permitiram mapear as antigas migrações humanas de África para todos os continentes, migrações essas representadas na imagem abaixo.
Fig.2- Migrações e ramificaçõesda espécie humana

   Ao longo dos tempos e do caminho, a árvore genealógica que principia com uma raiz africana vai-se ramificando sucessivamente, cada população com os seus marcadores genéticos distintos, até se obter a vasta diversidade actual.
    Este projecto não só erradica a divisão racial como prova que no fundo somos toda uma grande família, com a mesma mãe, o mesmo pai, a mesma origem.


Fontes:http://www.familytreedna.com/public/armeniadnaproject/default.aspx?section=news
           https://genographic.nationalgeographic.com/genographic/lan/en/about.html

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Glaciações

    Glaciação é um termo geral usado para designar todos os processos e resultados ligados ao período de tempo durante o qual se verifica a cobertura ou ocupação de uma área por um lençol de gelo ou glaciar. Diversas teorias têm sido avançadas na tentativa de explicar este fenómeno: diminuições periódicas na intensidade do calor do Sol, poeiras vulcânicas que impedem a passagem dos raios solares, um decréscimo do conteúdo de dióxido de carbono na atmosfera – o que acelera a perda de calor para o espaço exterior – e oscilações dos parâmetros orbitais da Terra, nomeadamente, a sua excentricidade, a sua inclinação e a sua precessão .
    De acordo com Penck e Bruckner, as grandes glaciações que atingiram a região alpina foram cinco:Donau, Günz, Mindel, Riss e Würm, de acordo com os terraços fluviais por eles estudados nos Alpes do Norte. Esta classificação está, no entanto, em desuso pois não se verifica coincidência entre as glaciações e os terraços estudados, pois foi totalmente ignorada a tectónica.

     
    As glaciações provocaram grandes mudanças no relevo continental e no nível do mar. Quando a temperatura global diminuiu ocorreu como consequência o aumento dos glaciares ou seja, as baixas temperaturas provocaram o congelamento da água nos Pólos aumentando a quantidade de gelo nas calotas polares. Assim, sempre que ocorre uma glaciação, o nível do mar desce.

Fig.1.- Evolução dos glaciares ao longo dos últimos 20 000 anos



Fontes:http://altamontanha.com/colunas.asp?NewsID=1280
http://geodinamica.no.sapo.pt/html/pagesgex/glaciares.htm


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Acção geológica dos glaciares

    Só podemos ver as formas deixadas pelos glaciares quando estes se retiram. Pelas suas formas típicas podemos inferir que, em tempos idos, os glaciares estiveram num dado local. A capacidade dos glaciares para erodirem rocha sólida é espantosa. Um glaciar de vale com apenas algumas centenas de metros de largura pode dilacerar e esmagar milhões de toneladas de rocha por ano. O gelo glaciário erode esta pesada carga de sedimentos do fundo rochoso e das paredes do vale, transportando-o no seu seio para a frente glaciária, onde se deposita quando o gelo se derrete. Estimativas do tamanho destes depósitos demonstram que o gelo é um agente erosivo ainda mais eficaz que a água ou o vento.
    Na sua base e flancos, um glaciar engolfa blocos fracturados e diaclasados e arrasta-os contra o pavimento rochoso adjacente. Este arrastamento fragmenta a rocha numa grande variedade de tamanhos, desde blocos grandes como casas a materiais das dimensões das argilas e das siltes, chamados farinha glaciária.
    À medida que um glaciar arrasta rochas ao longo da sua base, estas arranham e sulcam o pavimento à medida que são arrastados contra os mesmos. Esta abrasão provoca estrias e sulcos e são uma forte evidência de movimento glaciário. A sua orientação mostra-nos a direcção do movimento do gelo, um factor extremamente importante no estudo dos glaciares continentais, uma vez que estes carecem de um vale óbvio. Cartografando as estrias deixadas sobre vastas áreas antigamente cobertas por inlandsis, podemos reconstruir o seu padrão de fluxo, com importantes implicações na reconstrução de antigas linhas de costa e da paleoecologia das regiões.

Fig.1- Estrias provocadas pela abrasão glaciar
    Pequenas colinas de rocha, denominadas rochas aborregadas são polidas pelo gelo no seu lado menos inclinado e quebradas no seu lado mais inclinado, criando uma superfície abrupta e rugosa. Estes declives contrastantes também indicam a direcção do movimento do gelo.
Fig.2- Rocha aborregada
    Um vale glaciário escava uma série de formas de erosão à medida que flui da sua origem para a sua parte mais baixa. Na cabeceira do vale glaciário, a acção destruidora do gelo tende a escavar um anfiteatro oco chamado circo glaciário, pela sua forma mais ou menos circular, como um cone invertido. Aquando do degelo, estes circos podem ficar cheios de água, formando lagos de circo. Com a continuação da erosão, os circos de picos adjacentes podem coalescer, criando cristas agudas denominadas arestas ou arêtes, no francês, e picos piramidais ou horns ao longo da linha divisória.
    À medida que um glaciar de vale se movimenta para jusante a partir do seu circo, ele escava um vale ou aprofunda um vale fluvial já existente, criando um característico vale em U ou vale glaciário.

Fig.3-  Glaciar de vale
     Quando se dá a ablação dos glaciares, o vale tributário é deixado como um vale suspenso, cujo fundo se encontra a grande altitude acima do fundo do vale principal. Depois do desaparecimento do gelo e da ocupação dos vales por rios, a junção é tipicamente marcada por uma queda de água quando o rio no vale suspenso mergulha pelo desfiladeiro abrupto que o separa do vale principal adjacente.
    Ao contrário dos rios, os glaciares de vale que se encontram junto às linhas de costa podem erodir abaixo do nível do mar. Quando o gelo se retira, estes vales em U são inundados pela água do mar, sendo estes braços de mar denominados de fiordes.
Fig.4- Fiorde norueguês
    Os glaciares transportam rochas erodidas de todos os tamanhos e tipos para jusante, depositando-as, eventualmente, quando e onde o gelo se derreter. Quando o gelo glaciário se derrete deposita uma carga mal calibrada e heterogénea de blocos, calhaus, areias e argilas. Alguns destes materiais são depositada directamente pelo gelo em ablação. Este sedimento não estratificado e mal calibrado é conhecido por terreno errático ou till e a rocha daí formada é denominada de tilito. Os grandes blocos frequentemente contidos no till são chamados de blocos erráticos devido à sua composição aparentemente aleatória, totalmente diferente da composição das rochas autóctones.
Fig.5- Tilitos
   Uma acumulação de material rochoso, arenoso e argiloso transportado pelo gelo ou depositado como terreno errático é denominada de moreia. Existem muitos tipos de moreia, cada uma nomeada de acordo com a sua posição em relação ao glaciar que as formou. Uma das mais proeminentes pelo seu tamanho e aparência é a moreia terminal ou frontal, formada na frente glaciária. À medida que o gelo flui constantemente para jusante, ele transporta mais e mais material para a sua frente glaciária, onde o material mal calibrado se deposita em cristas de till pouco maiores que uma colina. Os materiais erodidos que são incorporados no gelo como uma faixa de sedimentos escuros onde o glaciar roça e se movimenta ao longo das vertentes do vale constituem as moreias laterais. As moreias laterais de glaciares adjacentes juntam-se formando uma moreia central ou mediana no meio do fluxo maior abaixo da junção. Uma moreia de fundo é uma camada de deriva glaciária depositada debaixo do gelo. As moreias de fundo variam em espessura, podendo ser finas e com pequenos afloramentos rochosos do fundo ou suficientemente espessas para encobrir quaisquer afloramentos existentes. Seja qual for a forma e a localização, todos os tipos de moreias são compostas por till.
Fig.7 - Moreia frontal
Fig.8 - Moreia lateral
Fig.9 - Moreia central

   Há muitas outras geoformas glaciares como os drumlins e os kames e, como tal, não as referirimos na totalidade. Os glaciares são o maior agente erosivo terrestre e graças ás sua força é possível reconstituir, hoje em dia, paleoclimas de há milhares e milhões de anos atrás pela observação e estudo dos muitos vestígios deixados.
Fontes:http://www.dct.uminho.pt/pnpg/geol/glaciares.html
http://rusoares65.pbworks.com/w/page/4305378/Gloss%C3%A1rio%20-%20Glaciares
http://geodinamica.no.sapo.pt/html/pagesgex/glaciares.htm

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Formação, crescimento e destruição dos glaciares

    Um glaciar forma-se quando existe abundante precipitação de neve durante o Inverno e esta não derrete no Verão. A neve é gradualmente convertida em gelo e, quando o gelo se torna suficientemente espesso, começa a fluir. São, assim necessárias duas condições essenciais: temperaturas baixas e quantidades adequadas de neve.
    Para que os glaciares se formem, as temperaturas devem ser suficientemente baixas para manter a neve durante todo o ano. Estas condições são encontradas nas altas latitudes (regiões polares e sub-polares) e nas elevadas altitudes (montanhas).
    Uma queda de neve recente é constituída por uma massa fofa de flocos de neve soltos. À medida que os cristais pequenos, delicados e soltos envelhecem no solo, eles encolhem tornando-se grãos equigranulares.  Durante esta transformação, a massa de flocos de neve é compactada, formando uma neve densa e granulosa. Com o advento de novos nevões, a neve anterior é soterrada e compactada pela superior, formando o nevado. O enterramento e compactação posteriores formam o gelo glaciário quando os pequenos grãos recristalizam e cimentam.
Fig.1- Formação de gelo glaciário
     Quando o gelo se acumula até atingir uma espessura suficiente para que o movimento se inicie, a formação do glaciar está completa. O gelo, tal como a água, flui ao longo do declive de uma vertente sob acção da gravidade. O gelo pode descer por um vale de montanha ou pelas vertentes do domo de gelo formado no centro de um inlandsis. Em qualquer dos casos, um glaciar acaba por entrar em altitudes mais baixas, onde as temperaturas são mais elevadas. A quantidade total de gelo que um glaciar perde anualmente corresponde à sua ablação.
    A diminuição dos glaciares resulta do aquecimento e degelo da frente glaciária. Portanto, apesar de um glaciar se estar a mover vertente abaixo, a sua frente pode estar a retirar. A diferença entre a acumulação e a ablação dá-nos o crescimento ou a diminuição de um glaciar. Quando a ablação e a acumulação se anulam, o glaciar está em equilíbrio mantendo o seu tamanho. Se a acumulação for maior que a ablação, o glaciar está a crescer; se a ablação for maior que a acumulação, o glaciar está a diminuir. Estes equilíbrios ou balanços glaciários podem modificar-se com o tempo.
Fig.2- Esquematizaçaõ de um glaciar de vale


    Acrescentamos que na zona de ablação ocorre polimento do solo com formação de estrias e caneluras e, onde o glaciar termina o movimento, ocorre arrancamento de rochas. Assim é possível deduzir o sentido do movimento do glaciar muito depois do seu desaparecimento. 

Fontes:http://rusoares65.pbworks.com/w/page/4305378/Gloss%C3%A1rio%20-%20Glaciares
http://geodinamica.no.sapo.pt/html/pagesgex/glaciares.htm

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Glaciares



     Para um geólogo, um bloco de gelo é uma rocha, uma massa de grãos cristalinos do mineral gelo. Tal como a maioria das rochas, o gelo é duro mas é muito menos denso do que a maioria das rochas.
    O gelo dos glaciares forma-se por afundimento e metamorfismo do “sedimento” neve. A rocha é formada à medida que os flocos de neve espaçados – cada um é um cristal singular do mineral gelo – sofrem diagénese e recristalizam numa massa sólida. A característica incomum do gelo enquanto mineral é a sua temperatura de fusão extremamente baixa, centenas de graus abaixo das temperaturas às quais a maioria dos minerais se liquefaz.
    Uma massa de gelo, tal como qualquer outra massa de rocha ou de solo à superfície da Terra, pode deslocar-se vertente abaixo. Os glaciares são massas de gelo em terra firme que apresentam provas de movimento atual ou antigo. Dividimos os glaciares com base no tamanho e na forma em dois tipos básicos: os glaciares de vale ou alpinos e os glaciares continentais ou inlandsis.
  •  Glaciares alpinos

      Estes rios de gelo formam-se nas partes mais altas das cordilheiras montanhosas onde a neve se acumula, geralmente em vales pré-existentes, fluindo ao longo dos mesmos. A maioria destes glaciares ocupa a largura total do vale e pode afundar a sua base rochosa sob centenas de metros de gelo.
    Quando o glaciar de vale flui por cordilheiras costeiras, ele pode acabar no oceano, onde se desprendem massas de gelo que formam os icebergs.

Fig.1 - Vista tridimensional  da vertente francesa Mont Blanc
Fig.2 - Geoformas próprias dos glaciares alpinos


  • Glaciar continental
   Um glaciar continental é muito maior do que um glaciar de vale e é constituído por um manto de gelo extremamente lento, daí também o seu outro nome de inlandsis. Os maiores inlandsis actualmente são os que cobrem grande parte da Gronelândia e da Antárctida. O gelo glaciar da Gronelândia e da Antárctida não se encontra confinado aos vales de montanha mas cobre praticamente toda a sua superfície sólida. A superfície superior do inlandsis faz lembrar uma lente convexa extremamente grande. No seu ponto mais alto, no meio da ilha, o gelo atinge espessuras superiores a 3200 metros. A partir desta área central, a superfície do gelo inclina para o mar de todos os lados. Na costa montanhosa, o glaciar divide-se em línguas glaciárias estreitas, fazendo lembrar glaciares de vale que circulam através das montanhas, chegando ao mar, quebrando-se e formando icebergues.
Fig.2 - Glaciar continental


    Principiámos o estudo de glaciares e como tal decidimos divulgar parte dos novos conhecimentos que adquirimos. Os glaciares são formações assombrosas, não só pela sua beleza, como também do ponto de vista geológico. São o agente erosivo com maior poder erosivo e não podem literalmente ficar quietos! As geoformas que lhes estão associadas são dee grande variedade pelo que aqui abordaremos apenas algumas.
    Acrescentamos que os glaciares alpinos se subdividem em : glaciares de circo, glaciares de montanha e glaciares de vale, cada um com a sua forma característica.

Fontes: http://geodinamica.no.sapo.pt/html/pagesgex/glaciares.htm#crescimentoglaciares
http://www.kalipedia.com/geografia-general/tema/glaciares-alpinos.html?
http://geologia12.blogs.sapo.pt/9339.html

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ouro poderá ser extraterrestre

    Quase todo o ouro que a humanidade possui ou que está a ser extraído de minas é de origem extraterrestre. Foi trazido para a Terra por asteróides  massivos que embateram no planeta no final da sua formação, há 4500 milhões de anos, sugerem os resultados de um estudo publicado na revista "Science". 
     Esta nova investigação traz fortes evidências de que o ouro, a platina e o paládio, entre outros metais, presentes no manto e na crosta da Terra, da Lua e de Marte, chegaram a tais sítios graças à queda  de objectos celestes do tamanho de mini-planetas durante a fase da formação planetária do sistema solar.  Estas colisões massivas aconteceram dezenas de milhões de anos depois do grande impacto que originou a Lua.
     O facto de se poder extrair ouro desperta a curiosidade dos cientistas há muito tempo, sendo que já havia várias explicações científicas, mas nunca nenhuma tinha sido suportada por evidências significativas.
    A explicação apresentada por este novo estudo é, segundo os seus autores, a que melhor se adapta às evidências. Os resultados sugerem que o maior astro que caiu na Terra tinha entre 2400 e 3200 quilómetros de diâmetro, sensivelmente do tamanho de Plutão, enquanto os que atingiram a lua eram dez vezes menores.
    De acordo com os investigadores, estes corpos cósmicos eram grandes o suficiente para produzir o enriquecimento dos elementos siderófilos, mas não ao ponto de fazerem os seus fragmentos chegarem a fundir-se na Terra, a grande profundidade.


Fig.1 - Pepita de ouro
  
    Sem dúvida uma teoria curiosa. Os metais estão presentes no nosso dia-a-dia e quase nunca pensamos nisso. Pensar que depois de tantas e tantas descobertas ainda não se consegue explicar absolutamente a sua origem é assustador. Esta nova teoria pode não alterar em nada a utilização que damos ao ouro e aos outros metais, mas pensar que todos os dias contactamos com "objectos extraterrestres" com  toda a naturalidade demonstra quão desconhecedora é ainda a raça humana.

Fontes: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=47032&op=all
http://lucasddaniel.blogspot.com/2009_11_01_archive.html

Pedra do mês

Pedra do mês de Fevereiro: Ametista

→ É uma variedade do Quartzo muito usada como ornamento. Diz-se que a origem do seu nome é do grego, a, "não" e methuskein, "intoxicar", de acordo com a antiga crença de que esta pedra protegia o seu dono da embriaguez. Os principais centros de extracção de ametistas são o Brasil, o Uruguai e a Zâmbia.

Cor: as suas tonalidades vão do lilás pálido até ao roxo mais escuro, quase preto.
Brilho: entre Vítreo/Lustroso
Dureza: 7 na escala de Mohs
Densidade: 2,65



Fontes: http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?topic=34412.0
http://www.google.pt/imgres?q=ametista&um=1&hl=pt-PT&sa=N&rlz=1C1GGGE_pt-