sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Vulcão Santorini

    Santorini é o vulcão mais ativo do denominado Arco Egeu, sendo constituída por uma grande caldeira submersa, rodeada pelos restos dos seus flancos. Esta forma actual da ilha deve-se, em grande parte, à erupção que há aproximadamente 3.500 anos (cerca de 1680 a.C) atrás destroçou o seu território.
    Aquela erupção criou a atual caldeira e produziu depósitos piroclásticos com algumas centenas de metros de espessura que recobriram tudo o que restou da ilha e ainda atingiram grandes áreas do Egeu e dos territórios vizinhos.
    Nos últimos 400 mil anos, o vulcão de Santorini sofreu 12 erupções de grande porte e foi criando a grande caldeira existente atualmente. A grande erupção em Santorini ocorreu em quatro fases e, com a formação da caldeira, provocou um maremoto com ondas de 20 metros de altura, que atingiram inclusive as costas da Ilha de Creta e destruiu completamente as ilhas existentes num raio de 50 a 60 quilômetros, segundo os cientistas. Assim a erupção parece estar ligada ao colapso da Civilização Minóica na ilha de Creta, distante de Santorini 110 km ao sul. Acredita-se que tal cataclismo tenha ispirado as posteriores lendas acerca de Atlântida.   Outras teorias defendem que esta catástrofe pode justificar as 10 pragas bíblicas e a abertura do mar vermelho.

Fig. 1,2 - Vulcão Santorini


Fontes: http://www.meionorte.com/robertofreitas/vulcao-santorini-152167.html

Naica

Caverna de Cristais
    As Cavernas de Naica localizam-se no coração de uma no sul do estado de Chihuahua, norte do México. Esta é uma mina de chumbo activa, zinco e prata, de propriedade da Penoles. Famosa por seus cristais de selenita gigante. Elas são parte de um sistema geológico alimentado por fontes de águas termais, que permitiram o crescimento de cristais. Foram descobertas acidentalmente, pois as atividades de exploração da mina exigem a retirada da água quente por meio de um sistema complexo de bombeamento para poderem extrair o minério. Esse sistema drenou a água das cavernas e, acidentalmente, foi descoberto um tesouro natural extraordinário.
    Pelas características geológicas da área, muitas cavernas se desenvolveram com condições semelhantes às das quatro já conhecidas. A sua aparência de gelo contrasta com sua alta temperatura e umidade e cria um ambiente de condições extremas e perigosas que permitem a sobrevivência em seu interior por apenas poucos minutos.
    A Caverna dos Cristais foi descoberta no ano 2000, a cerca de 300 metros de profundidade, em Naica, no México. Com temperaturas de 50ºC e umidade do ar que chega a 90%, é um ambiente inóspito a humanos, mas perfeito para as formações no seu interior, que possuem até 11 metros de altura e 1 metro de diâmetro. Agora, graças a uma nova técnica de análise, cientistas conseguiram calcular a taxa de crescimento e determinar a idade desses cristais.
     Segundo um trabalho publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, eles terão levado quase um milhão de anos para se formarem. Os dados mostraram que o mineral conhecido como selenita se cristalizou a temperaturas entre 54ºC e 58ºC, quando toda a caverna estava submersa. Simulando essas condições, descobriram que, a 55ºC sob a água, levaria 990 mil anos para que o cristal chegasse a um metro de diâmetro. Já a 56ºC, ele ter-se- ia se formado em muito menos tempo: 500 mil anos.
     Agora que sabem que a formação tem cerca de 1 milhão de anos, os espeleólogos começam à procura de bolsas líquidas dentro dos cristais e esperam, quem sabe, encontrar microrganismos vivendo na caverna.
    Tendo descoberto a existência destas cavernas através de um documentário apresentado na aula o grupo não pôde deixar de as referenciar aqui pois a sua beleza e complexidade muito nos espantou. Infelizmente, como estão sobre um ponto quente, não podem de forma alguma ser visitadas e temos de nos contentar com meras imagens. Aqui deixamos algumas delas:







Fontes: http://exame.abril.com.br/tecnologia/ciencia/noticias/caverna-com-cristais-gigantes-intriga-cientistas
http://www.natgeo.com.br/br/especiais/naica-a-caverna-dos-cristais/projeto-naica

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Tipos de Metamorfismo

    É do conhecimento geral que existem dois tipos de metamorfismo, o metamorfismo de contacto e o metamorfismo regional:

  • O metamorfismo regional desenvolve-se em grandes extensões e profundidades na crosta, e está relacionado com cinturões orogénicos nos limites de placas convergentes. As transformações metamórficas são geradas pela acção combinada da temperatura, pressão litostática e pressão dirigida, actuantes durante milhões de anos. As rochas são fortemente dobradas  e falhadas, e sofrem recristalização, formando novas texturas e associações minerais estáveis nas novas condições, geralmente apresentam estrutura foliada, tendo como exemplos: ardósias, filitos, xistos, gnaisses, anfibolitos, granulitos e migmatitos. Este tipo de metamorfismo é considerado responsável pela formação da grande maioria das rochas da crosta terrestre e frequentemente está associado  a expressivos volumes de rochas graníticas.

    • O metamorfismo de contacto é influenciado apenas pela temperatura. Este tipo de metamorfismo é caracterizado junto ao contacto, sob influência do calor cedido por uma intrusão magmática que corte uma sequência de rochas sedimentares encaixantes. Esta transformação que ocorre na rocha encaixante denomina-se auréola de contacto onde  a sua extensão depende de vários fatores: da temperatura de intrusão, da capacidade calorífera, da diferença da temperatura da intrusão e das rochas encaixantes, do tipo de esforço que acompanha a intrusão, a natureza química das rochas encaixantes e a natureza do magma. As rochas resultantes do metamorfismo de contacto são denominadas de hornfels.
    Fig. 1 - Metamorfismo regional e metamorfismo d ecaontacto
        Foram reconhecidos, porém, outros tipos de metamorfismo:

    • Um caso especial de metamorfismo regional é o metamorfismo retrógrado, que corresponde às transformações sofridas pelas rochas em consequência de uma queda da pressão e temperatura.

    • O metamorfismo dinâmico ou cataclástico desenvolve-se em faixas longas e estreitas nas adjacências de falhas ou zonas de cisalhamento, onde pressões dirigidas de grande intensidade causam movimentações e rupturas na crosta terrestre. A energia envolvida produz intensa diminuição dos minerais em zona de maior movimentação, reduzindo a granulação das rochas em escalas diversas e formando-as com intensidade variável. O metamorfismo dinâmico é responsável pelas transformações texturais e estruturais, como microbandamento ou laminações. Á superfície, nas zonas de cisalhamento os minerais são fragmentados ou pulverizados. Já em zonas mais profundas, o cisalhamento provoca deformações dúcteis, onde os minerais são deformados.
    Fig. 2 - Metamorfismo dinâmico
    •  O metamorfismo de soterramento ocorre em bacias sedimentares em subsidência. É resultado do soterramento de espessas sequências de rochas sedimentares e vulcânicas a profundidades onde a temperatura pode chegar a 300ºC  ou mais, devido o fluxo de calor na crosta.

    •  O metamorfismo hidrotermal é o resultado da deslocação de águas quentes ao longo de fraturas e espaços intergranulares das rochas ocorrendo trocas iónicas entre a água quente e as paredes das fraturas. Os minerais perdem estabilidade e recristalizam-se. Ocorre frequentemente em bordas de intrusões graníticas, em áreas de vulcanismo basáltico submarino e em campos geotermais, sendo um importante processo gerador de depósitos minerais.

    • O metamorfismo de fundo oceânico ocorre próximo aos rifts das cadeias meso-oceânicas, onde a crosta recém-formada e quente interage com a água fria do mar. O metamorfismo de impacto ocorre em extensões reduzidas na crosta terrestre, e desenvolve-se em locais submetidos ao impacto de grandes meteoritos. A energia do impacto é dissipada na forma de ondas de choque que fraturam e deslocam as rochas formando a cratera de impacto, e de calor ( até 5000ºC), que vaporiza o meteorito e funde as rochas.

    • O metamorfismo de impacto ocorre em extensões reduzidas na crosta terrestre, e desenvolve-se em locais submetidos ao impacto de grandes meteoritos. A energia do impacto é dissipada na forma de ondas de choque que fraturam e deslocam as rochas formando a cratera de impacto, e de calor (até 5000ºC), que vaporiza o meteorito e funde as rochas.
    Fig. - Metamorfismo de impacto

     
    Fontes: http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/metamorficas/metamorficas1.html
    http://ageologia.blogspot.com/2009/08/metamorfismo.html

    Antiguidades

        Em Acasta, no Noroeste do Canadá,  foi descoberto um gnaisse (rocha metamórfica derivada do granito), datado de há cerca de 4000 milhões de anos. Esta é uma rocha que se terá formado nas profundezas do planeta e não na sua superfície, uma vez que nenhuma rocha na superfície sobreviveria naquela altura pois a superfície seria uma crosta líquida ou pastosa a elevadas temperaturas.

    Fig.1- Gnaisse da Acasta


        Mais antigos, são os grãos de zircão  (mineral particularmente resistente aos processos físicos e químicos da erosão), com cerca de 4360 milhões de anos, incluídos, como detritos, nos quartzitos de Mont Narryer e Lack Hills, no Oeste da Austrália, o que permite admitir a existência de uma crosta continental com esta idade, formada por rochas de tipo granítico onde, a partir do respectivo magma, esses zircões terão nascido.
    
    Zircão
     
    Fig.2- Zircão ao micoscopio


       













       

        Recentemente, geólogos da Universidade Mc Gill, de Monte Real (Canadá), dataram, por via isotópica (neodímio – samário), uma amostra das chamadas “rochas verdes” aflorantes à superfície do terreno na região de Nuvvuagittuq, no litoral oriental da Baía de Hudson. A estas rochas,  foi atribuída a idade de 4280 milhões de anos. Estas são, pois, cerca de 280 milhões de anos mais velhas do que o dito gnaisse de Acasta, mas, ao que se julga, 80 milhões de anos mais jovens do que a presumível crosta testemunhada pelos zircões do Oeste australiano.

     
    Fig.3- "Rochas Verdes"
    
    Fontes: http:// .www.cientifica.50megs.com/geologiahtm/geologia1.htm
    http://sopasdepedra.blogspot.com/2008/10/as-mais-velhas-do-mundo.html

    domingo, 20 de novembro de 2011

    Dinossauros Aves

       Desde a descoberta do Archaeopteryx no final do século XIX muitos paleontólogos ainda discutem a origem das aves a partir ou não dos dinossauros
       O Archaeopteryx apresentava várias características das aves atuais, tais como penas (deixadas impressas ao redor do esqueleto do animal), asas, estrutura dos ossos... Porém ele também tinha muitas características reptilianas como o focinho com dentes, garras nas asas, cauda de lagarto... Isso deixou os especialistas da época muito intrigados. Assim, ele iniciou uma das questões mais polémicas no mundo da Paleontologia: serão as aves descendentes dos dinossauros ?

    Fig. 1 - Archeopteryx


     Aqui apresentamos as principais linhas de pensamento sobre a evolução das aves:
    • DINOSSAUROS - Esta teoria é a mais aceite e difundida entre os cientistas. Segundo a mesma, as aves teriam evoluído a partir de pequenos e ágeis dinossauros terópodes. Com o passar de milhões de anos eles adquiriram penas e posteriormente aprenderam a voar.
    •  
    • ARCOSSAUROS - Esta teoria é a 2ª mais aceite entre os cientistas. Supõe-se que as aves teriam evoluído dos arcossauros, um grupo de répteis que também deu origem aos dinossauros, pterossauros e crocodilos, As aves então teriam evoluído bem antes até dos Archaeopteryx, há mais de 200 milhões de anos.
    Fig.2 -  Possíveis relações filogenéticas na evolução dos arcossauros.

    • CROCODILOS - Esta teoria é a menos aceite e defende a tese de que as aves evoluíram a partir de um grupo primitivo de crocodilos terrestres. Baseia-se em poucas e vagas semelhanças entre as aves e pequenos crocodilianos terrestres encontrados nos depósitos fósseis.

    • PTEROSSAUROS - Esta teoria é uma das mais antigas e atualmente já não é defendida Baseia-se na semelhança externa entre aves e pterossauros. Neste caso porém as semelhanças terminam por aí. De resto esses dois grupos eram bem diferentes. É um típico caso de evolução convergente.
    
    Fig.3 - Pterossauros
          

    Ciclo de Wilson

        É o ciclo completo de formação, desenvolvimento e fecho de um oceano relacionado à tectónica de placas.
        O ciclo tem início com a formação de um oceano a partir de um rift em crosta continental sobre um ponto quente mantélico; segue-se a expansão desse oceano com a deriva das massas continentais antes ligadas e agora separadas pelo rifteamento; em determinado momento, ocorre a mudança do processo de afastamento ou deriva para aproximação de massas continentais em decorrência de processo de subducção da crosta oceânica, desenvolvimento de arcos de ilha e/ou cadeias de montanhas (orogénese); finalizando o ciclo ocorre o fecho do oceano, sucedido de colisão continental.
       Aqui deixamos um vídeo com a  esquematização deste ciclo:






    Fontes: http://ig.unb.br/glossario/verbete/ciclo_de_wilson.htm

    quinta-feira, 17 de novembro de 2011

    Fósseis vivos

        Um fóssil é um resto, vestígio ou marca de seres vivos de outros tempos geológicos que não os nossos conservados em contexto geológico e que têm a mesma idade da rocha onde se encontram.     "Fósseis vivos" são organismos atuais pertencentes a grupos biológicos que, no passado geológico da Terra, foram muito mais abundantes e diversificados que na atualidade.
         Uns dos exemplos mais conhecidos de “fósseis vivos” são os celacantos atuais, um grupo de peixes.


      
     Celacantos


       Outro exemplo, é a planta ginkgo biloba, como é vulgarmente chamada. A designação biloba refere-se à forma da folha, que tem duas partes, ou lobos.
       As ginkgos são árvores extremamente resistentes e de grande longevidade. Atingem facilmente os 20 ou 30 metros de altura, e muitas vivem centenas de. No estado selvagem existem apenas numa região do leste da China. A sua resistência a pragas e a ambientes contaminados e a sua facilidade de reprodução, a par da beleza das folhas – muito especialmente no final do Outono– tornaram-na uma espécie muito utilizada em parques e jardins
       Os seus primeiros fósseis datam de há 270 milhões de anos atrás no período Pérmico do Paleozoico quando sementes fetos e samambaias dominavam e a Ginkgo, cicadáceas e coníferas entraram em destaque.  Portanto, na era dos dinossauros ela já existia!

    Folha de Ginkgo fossilizada
    • Curiosidade:
    Quando a bomba foi lançada sobre a cidade de Hiroshima, em 1945, foram poucos os seres vivos que resistiram ao impacto da explosão. Entre eles, encontravam-se quatro árvores da espécie Ginkgo biloba. Embora tenham ficado queimadas, recuperaram, e podem ser vistas ainda hoje na cidade .




    Fontes: http://webpages.fc.ul.pt/~cmsilva/Paleotemas/Fossilvivo/Fossilvivo.htm
    http://2.bp.blogspot.com/_BQE8864mcS0/TKfjB9RQqEI/AAAAAAAAJf0/GgZWFO9Ju9w/s1600/celacanto4.jpg
    http://kwanten.home.xs4all.nl/fossils.htm
    http://noticias.sapo.pt/especial/magazine/888554.html



    Discordância Angular

        Uma discordância angular é uma ausência de paralelismo entre camadas geológicas adjacentes, resultante de fenómenos tectónicos que dobraram e enrugaram rochas mais antigas que a deposição das rochas que se lhes sobrepõem.

     Figuras 1 e 2 -Em Siccar Point, Hutton funda a geologia moderna.
        Os sedimentos mais antigos, silúricos, depositaram-se num fundo submarino com estratificação subhorizontal; isto é uma simples consequência da acção de gravidade no momento de deposição, como se pode verificar experimentalmente ou através de observação da sedimentação actual. Em seguida as forças de origem interna comprimem a estratificação horizontal, que é dobrada e levantada, acima do nível do mar. Dá-se depois a erosão dos sedimentos, com formação de uma superfície de aplanação, sobre a qual se vêm depositar os grés continentais do devónico em estratos subhorizontais; como a erosão e a sedimentação são lentas é obrigatório que o tempo necessário à geração de discordância angular seja longo. Sabemos hoje que será de ordem dos 20 milhões de anos no caso de Siccar Point.

    Fontes: http://sites.google.com/site/geologiaebiologia/biologia-e-geologia-10%C2%BA/terra---um-planeta-em-mudanca

    segunda-feira, 14 de novembro de 2011

    O Aparecimento de Vida na Terra

        O planeta Terra formou-se há cerca de 4,6 bilhões de anos. A sua aparência inicial era completamente diferente da aparência que tem hoje. Não havia nele qualquer tipo de ser vivo. Supõe-se hoje, através do estudo de fósseis, que os primeiros seres vivos surgiram provavelmente há cerca de 3,5 mil milhões de anos.
       Ao longo dos tempos, várias hipóteses foram elaboradas na tentativa de explicar a origem da vida na Terra.




    A hipótese da geração espontânea
        Até o século XIX, imaginava-se que os seres vivos poderiam surgir não só a partir da reprodução de seres preexistentes, mas também a partir de matéria sem vida, de uma forma espontânea. Esta ideia, proposta há mais de 2.000 anos por Aristóteles, filósofo grego, é conhecida como geração espontânea.
        Segundo aqueles que acreditavam na geração espontânea, determinados objetos poderiam conter um “princípio ativo”, isto é, uma espécie de “força” capaz de transformá-los em seres vivos.

     


    A hipótese extraterrestre
        Svante Arrhenius (1859-1927), um físico e químico sueco, supunha que, em épocas passadas, poeiras espaciais e meteoritos caíram no nosso planeta trazendo certos tipos de microrganismos, provavelmente semelhantes a bactérias. Esses microrganismos, então, foram-se reproduzindo, dando origem à vida na Terra.




    A hipótese de Oparin
        Apesar de, durante estes 1000 milhões de anos o nosso planeta ter sido um planeta morto, foram-se criando as condições para o aparecimento da vida. Pensa-se que esse fenómeno terá tido origem no mar, sob condições completamente diferentes das que existem na atualidade.
        A atmosfera da Terra primitiva seria principalmente formada por hidrogénio, azoto, amoníaco e vapor de água. Estes gases, sujeitos à ação de várias fontes de energia, nomeadamente as elevadas temperaturas que se faziam sentir, terão sido "cozinhados", reagindo entre si, formando os primeiros compostos orgânicos, que eram moléculas muito simples. Os compostos formados na atmosfera primitiva transferiram-se depois para os oceanos, que ficaram carregados de substâncias minerais e orgânicas, transformando-se numa "sopa primitiva", muito nutritiva. Estas substâncias continuaram a reagir entre si, conduzindo à formação de substâncias mais complexas, incluindo aminoácidos, que são fundamentais à formação da vida. Estas moléculas constituíram, depois, unidades individualizadas do meio e com as condições ambientais apropriadas surgiram as primeiras células, ou seja, a Vida.
        Os primeiros seres vivos da Terra eram unicelulares, heterotróficos e alimentavam-se de substâncias existentes nos oceanos.
        Com o passar do tempo, o número desses seres primitivos aumentou muito. Os alimentos existentes nos oceanos foram lentamente tornando-se insuficientes para todos. Mas milhões de anos depois, após muitas modificações acorridas no material genético, alguns desses seres tornaram-se capazes de produzir clorofila e fazer fotossíntese. Surgiram, então os primeiros seres autotróficos, que produziam o alimento necessário para manter a vida na Terra.
        Foi a partir desses dois tipos de seres que se desenvolveu a vida na Terra. Eles foram-se diferenciando cada vez mais e lentamente originando todos os seres vivos que conhecemos hoje, inclusive o Homem.
       É claro que das substâncias orgânicas até ao aparecimento do primeiro organismo vivo, muitas reações químicas tiveram de ocorrer, mas elas, infelizmente, ainda não estão completamente compreendidas.

    Etapas finais da formação da Vida

    Fontes: http://terragiratg.blogspot.com/2009/02/naturlink-o-aparecimento-da-vida-na.html
                  http://www.sobiologia.com.br/conteudos/figuras/evolucao/oparin3.jpg
                  http://www.google.pt/imgres?q=meteorito&um=1&hl=pt

    Aulacógenos

        Um aulacógeno é um braço de rift abortado. Quando se inicia o processo de rifting, a crusta tende a sofrer rutura em três direções formando ângulos de cerca de 120º. O ponto de junção entre esses três planos de fratura (rifts) denomina-se ponto triplo. É este fenómeno que acontece na junção tripla que separa as ilhas do arquipélago dos Açores entre as placas Euroasiática, Africana e Americana, no Oceano Atlântico.

    Fig. 1- Ponto triplo dos Açores

        Normalmente, nestes casos, dois riftes dão origem a oceanos com margens continentais passivas e o terceiro, que apesar de apresentar algum magmatismo, não sofre rutura completa, permanecendo como um graben intercontinental (aulacógeno).
        Um exemplo de aulacógeno atual, é o Rift Leste Africano, que constitui o terceiro braço de um sistema triplo de rifting, sendo os outros dois, os rifts ativos que formam o Mar Vermelho e o Golfo de Aden, entre África e a Arábia Saudita.








       Fig. 2 - Rifte Africano 

    Fontes: http://www.google.pt/imgres =http://www.defianceofscience.com/physics/new-ocean-begins-to-develop-in-africa-as-observed-by-new-
    http://www.google.pt/imgres?=http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5a/EAfrica.gif/300px-
    http://vsites.unb.br/ig/glossario/verbete/aulacogeno.htm

    terça-feira, 8 de novembro de 2011

    Rodínia

        A Terra no passado era um planeta muito diferente daquele que conhecemos hoje.
       Há cerca de 1200 milhões de anos atrás, fragmentos da crusta continental, comprimidos pelo movimento tectónica de placas, começaram a reunir-se num continente gigante. Os Geólogos usam carinhosamente o Termo Rodínia (uma palavra russa que significa "pátria") para se referirem a este supercontinente.
        O tamanho exato e a configuração da Rodínia são desconhecidos, mas, rochas ancestrais da América do Norte, muitas vezes designadas Laurássia, provavelmente formaram o seu núcleo.
        A Rodínia era uma terra crua e hostil. Muito do que viria a ser da América do Norte foi uma vasta planície de inundação, acumulando espessas sequências de areia e silte. A vida por esta altura mal tinha progredido além de algas unicelulares, assim, a terra era completamente desprovida de plantas. A maior parte da paisagem foi, provavelmente, uma cor vermelho-ferrugento.
        O grande supercontinente terá dominado a terra por cerca de 350 milhões de anos. Mas, nem mesmo os supercontinentes duram para sempre. No final, a Rodínia foi vítima do calor interno da Terra. Uma lenta acumulação de calor debaixo Rodínia fez com que a crosta do velho continente dobrasse, alongasse e enfraquecesse. Eventualmente, todo o continente rompeu.

      
     Fontes :http://www.scotese.com/Rodinia3.htm
    http://www.google.pt/imgres?q=rodinia&um=1&hl=pt-P

    Pedra do mês

    Pedra de Novembro: Topázio
     
    → O topázio é constituído por flúor e alumínio. É bastante utilizado em joalharia e classificado como pedra semipreciosa.
    Cor: Amarelo claro, branco, cinzento, verde, azul ou amarelo avermelhado.
    A verdade é que o topázio sem outras substâncias associadas é transparente, mas a presença de ferro ou crómio faz com que ganhe uma coloração de acordo com os minerais incluídos.
    Risca: Branca
    Brilho: Vítreo
    Dureza: 8 na escala de Mohs
    Fratura: Conchoidal e desigual
    Clivagem: Perfeita




    Fontes:http://www.sobre.com.pt/topazio-sobrecompt
    http://atlasdageologia.blogspot.com/2011/03/topazio.html