quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Modelo de Convecção Mantélica

    A Teoria das Placas Tectónicas defendia a ideia de que os continentes se deslocavam e se encontravam inseridos em placas tectónicas que apresentavam movimentos entre si, todavia era necessário descobrir os mecanismos que faziam movimentar estas placas. Actualmente é consensual que o mecanismo de convecção no manto terrestre, explica estes movimentos, mas surgiram muitos modelos a explicar essa dinâmica.

Modelo de Arthur Holmes:
   As quantidades de calor existentes no interior da Terra seriam suficientes para criar no manto correntes de convecção térmica (transferência de energia calorífica através de um fluido) as quais poderiam ser as grandes responsáveis pela ruptura, separação e posteriores deslocamentos laterais dos continentes.


Modelo de circulção convectiva a um nível:
   Este modelo admite movimentos convectivos só no manto inferior. Os pontos quentes originam-se no limite manto núcleo devido a subducção e posterior fusão da placa.
A matéria atravessa a zona de transição e não existe camada limite térmica a este nível.

Modelo de circulação convectiva a dois níveis:
   Segundo este modelo não existem trocas de matérias entre o manto superior e o mando inferior, separados por uma camada limite térmica ao nível da descontinuidade dos 670km, ou seja, os movimentos separados em dois níveis diferentes.


Modelo de convecção penetrativo
   Este é modelo mais recente, defendendo que a zona de transição abranda a convecção mas não a impede.
Admite-se que os movimentos convectivos ocorrem no manto inferior mas a colisão de placas provoca alguns movimentos no manto superior. A placa que subducta penetra no manto inferior, fundido neste devido às altas temperaturas aparecendo então um ponto quente. Os pontos quentes também se podem originar no manto superior.
   Assim, será necessário admitir que os movimentos de convecção do manto serão muito mais complexos que o previsto inicialmente, tanto a nível da sua natureza como da sua evolução temporal.


  Modelo da Convecção Parcialmente Penetrativa
Em vez de se referir à descontinuidade do manto nos 670 quilómetros de profundidade como "limite" rígido, é considerado como uma transição de fase. Então aparece a convecção parcialmente penetrativa. Isto significa que, ocasionalmente, piscinas de material mais frio acumulado libertam o seu material no manto inferior. Este modelo ajuda a conciliar medidas aparentemente contraditórias.



Aqui deixamos um vídeo que demostra de uma forma simplista as correntes de convecção no manto que conduzem ao movimento das Placas Tectónicas:






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