É do conhecimento geral que existem dois tipos de metamorfismo, o metamorfismo de contacto e o metamorfismo regional:
- O metamorfismo regional desenvolve-se em grandes extensões e profundidades na crosta, e está relacionado com cinturões orogénicos nos limites de placas convergentes. As transformações metamórficas são geradas pela acção combinada da temperatura, pressão litostática e pressão dirigida, actuantes durante milhões de anos. As rochas são fortemente dobradas e falhadas, e sofrem recristalização, formando novas texturas e associações minerais estáveis nas novas condições, geralmente apresentam estrutura foliada, tendo como exemplos: ardósias, filitos, xistos, gnaisses, anfibolitos, granulitos e migmatitos. Este tipo de metamorfismo é considerado responsável pela formação da grande maioria das rochas da crosta terrestre e frequentemente está associado a expressivos volumes de rochas graníticas.
- O metamorfismo de contacto é influenciado apenas pela temperatura. Este tipo de metamorfismo é caracterizado junto ao contacto, sob influência do calor cedido por uma intrusão magmática que corte uma sequência de rochas sedimentares encaixantes. Esta transformação que ocorre na rocha encaixante denomina-se auréola de contacto onde a sua extensão depende de vários fatores: da temperatura de intrusão, da capacidade calorífera, da diferença da temperatura da intrusão e das rochas encaixantes, do tipo de esforço que acompanha a intrusão, a natureza química das rochas encaixantes e a natureza do magma. As rochas resultantes do metamorfismo de contacto são denominadas de hornfels.
Fig. 1 - Metamorfismo regional e metamorfismo d ecaontacto |
Foram reconhecidos, porém, outros tipos de metamorfismo:
- Um caso especial de metamorfismo regional é o metamorfismo retrógrado, que corresponde às transformações sofridas pelas rochas em consequência de uma queda da pressão e temperatura.
- O metamorfismo dinâmico ou cataclástico desenvolve-se em faixas longas e estreitas nas adjacências de falhas ou zonas de cisalhamento, onde pressões dirigidas de grande intensidade causam movimentações e rupturas na crosta terrestre. A energia envolvida produz intensa diminuição dos minerais em zona de maior movimentação, reduzindo a granulação das rochas em escalas diversas e formando-as com intensidade variável. O metamorfismo dinâmico é responsável pelas transformações texturais e estruturais, como microbandamento ou laminações. Á superfície, nas zonas de cisalhamento os minerais são fragmentados ou pulverizados. Já em zonas mais profundas, o cisalhamento provoca deformações dúcteis, onde os minerais são deformados.
Fig. 2 - Metamorfismo dinâmico |
- O metamorfismo de soterramento ocorre em bacias sedimentares em subsidência. É resultado do soterramento de espessas sequências de rochas sedimentares e vulcânicas a profundidades onde a temperatura pode chegar a 300ºC ou mais, devido o fluxo de calor na crosta.
- O metamorfismo hidrotermal é o resultado da deslocação de águas quentes ao longo de fraturas e espaços intergranulares das rochas ocorrendo trocas iónicas entre a água quente e as paredes das fraturas. Os minerais perdem estabilidade e recristalizam-se. Ocorre frequentemente em bordas de intrusões graníticas, em áreas de vulcanismo basáltico submarino e em campos geotermais, sendo um importante processo gerador de depósitos minerais.
- O metamorfismo de fundo oceânico ocorre próximo aos rifts das cadeias meso-oceânicas, onde a crosta recém-formada e quente interage com a água fria do mar. O metamorfismo de impacto ocorre em extensões reduzidas na crosta terrestre, e desenvolve-se em locais submetidos ao impacto de grandes meteoritos. A energia do impacto é dissipada na forma de ondas de choque que fraturam e deslocam as rochas formando a cratera de impacto, e de calor ( até 5000ºC), que vaporiza o meteorito e funde as rochas.
- O metamorfismo de impacto ocorre em extensões reduzidas na crosta terrestre, e desenvolve-se em locais submetidos ao impacto de grandes meteoritos. A energia do impacto é dissipada na forma de ondas de choque que fraturam e deslocam as rochas formando a cratera de impacto, e de calor (até 5000ºC), que vaporiza o meteorito e funde as rochas.
Fig. - Metamorfismo de impacto |
Fontes: http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/metamorficas/metamorficas1.html
http://ageologia.blogspot.com/2009/08/metamorfismo.html
Este post está até bastante completo.
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