domingo, 29 de abril de 2012

A Mina de S. Domingos


    A mina de S. Domingos constitui uma das explorações mineiras portuguesas de maior interesse fruto da actividade extractiva aqui desenvolvida entre 1857 e 1966. A mina localiza-se no concelho de Mértola e no sector norte da Faixa Piritosa Ibérica (FPI), próximo da fronteira lusoespanhola.
Fig.1 - Localização da Mina de S.Domingos
 O jazigo de S. Domingos é um depósito de sulfuretos maciços polimetálicos vulcanogénico subaflorante subvertical que foi explorado a céu aberto até cerca de 120m de profundidade e até 420m através de galerias e poços. Os teores médios eram de 1,25% de cobre, 2-3% de zinco e 45-48% de enxofre. Para além da pirite, encontram-se ainda outros minerais como a esfalerite, a calcopirite, a galena, a arsenopirite e sulfossais. A FPI inclui-se na Zona Sul Portuguesa e abrange um território do SW peninsular entre o Baixo Alentejo, o norte do Algarve e a Andaluzia.
    A presença de cerca de 90 jazigos de pirite associados ao Complexo Vulcano Sedimentar, de idade Fameniano Sup.-Viseano Sup.,confere-lhe um estatuto de província metalogenética de classe mundial e de região mineira europeia, destacando-se neste contexto a mina de Neves Corvo em exploração, com teores excepcionais de Cu, Sn e Zn. 
    Associado aos jazigos de sulfuretos maciços e de Mn da FPI identifica-se um metamorfismo hidrotermal (precoce em relação ao metamorfismo regional), resultante da circulação convectiva de água do mar através das rochas vulcânicas que sofreram elevada lixiviação e grande troca iónica.
Fig.2- Formação de fontes hidrotermais
 Nos dias de hoje, a mina encontra-se abandonada, restando apenas ruínas. Em redor destas vêem-se lagoas ácidas com um pH de aproximadamente 2,4. Estas lagoas foram criadas há algumas décadas atrás para fazer decantação, ou seja, para fazer a separação de misturas heterogéneas entre um sólido e um líquido ou de líquidos imiscíveis (que não se misturam), das escorrências da antiga mina. No entanto, este abandono da mina é preocupante, pois coloca sérios problemas ambientais, a nível dos impactos paisagísticos, assim como dos ecossistemas afectados. Estas "águas ácidas" são prejudiciais para os solos, contaminando-os, para os ecossistemas existentes perto das minas, e para linhas de água, o que se agrava ainda mais se tivermos em conta que algumas servem para consumo de populações.
Fig.3 - Lagoa de águas ácidas


Fig.4 e 5 - Caminhos de ferro de S.Domingos
    A mina de S.Domingos é o exemplo perfeito de como este tipo de actividades  tem um profundo impacto no ambiente. A mina, mesmo depois de desactivada, deixou os seus vestígios que prejudicam não só fauna e flora como a população humana. Infelizmente na altura em que a exploração mineira começo ainda não havia grandes preocupações com o ambiente e como tal não se tomaram as devidas medidas preventivas. 

Fontes:  http://blacksmoker.wordpress.com/2009/11/01/mina-de-s-domingos/
http://www.minasaodomingos.comyr.com/mina.html

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Minas do Lousal


  
  A Mina do Lousal (ou Louzal) e a respectiva aldeia mineira correspondem a um antigo couto mineiro, explorado desde o final do século XIX. Localiza-se na freguesia de Azinheira dos Barros e São Mamede do Sádão, concelho de Grândola, distrito de Setúbal, Portugal. A mina tinha ligação, desde 1915, ao designado Ramal do Sado, actual Linha do Sul.
    A mina de pirites fica situada no extremo noroeste da Faixa Piritosa Ibérica da designada Zona Sul Portuguesa, onde se situam igualmente as minas de Canal Caveira, Aljustrel, Neves Corvo e São Domingos e que se prolonga em Espanha para além das minas de Rio Tinto.
Fig.1- Pirite
    Embora a região tenho sido povoada desde a Idade do Cobre, como atestam os monumentos megalíticos e o Castelo Velho do Lousal, é no final do século XIX que se inicia a moderna exploração da mina.
    Durante a década de 1940 a aquisição das "Mines et Industrie" e da "Minas da Caveira" por Antoine Velge, presidente da SAPEC de Setúbal, empresa de fabricação de adubos químicos, conduz ao incremento dos trabalhos mineiros.
    É durante os anos 1950, sob a direcção de Frédéric Velge e Günter Strauss que esta mina de pirite se vai tornar numa das mais modernas de Portugal.
    Com a crise da produção industrial de enxofre, nos anos oitenta, as minas da faixa piritosa vão sucessivamente encerrando. Em 1988, foi encerrada a extracção no Lousal.
    Com o encerramento da mina a aldeia entra em decadência até que, no início dos anos noventa, a Câmara Municipal de Grândola e a Fundação Frédéric Velge iniciaram um programa de revitalização do Lousal. O programa tem por base a criação de uma nova espacialização territorial assente no turismo cultural, com reforço da identidade mineira, destacando-se o Museu Mineiro do Lousal e o Centro Ciência Viva do Lousal.
Fig.2 -Mina do Lousal
    Portugal é um país extremamente rico em recursos mineralógicos e, apesar do sucessivo decréscimo da actividade mineira, achamos por bem referir no nosso blogue algumas das minas existentes no nosso país e que fazem parte não só da história da região onde se inserem como das pessoas que lá viveram.
    A verdade é que as explorações mineiras podem ser bastantes lucrativas e a economia do país foi bastante apoiada por este tipo de actividades, é claro que sem o estudo da geologia, nada disto teria acontecido...
Fontes: http://ciclobeatos.blogspot.pt/2011/10/minas-do-lousal.html

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Métodos de Prospecção


    A procura dos recursos minerais é feita utilizando os chamados métodos de prospecção. Esta prospeção pode ser realizada de várias formas, procurando saber direta ou indiretamente  como é o terreno em profundidade e, assim, identificar e avaliar a existência de recursos  minerais no subsolo.



     Com a evolução da tecnologia também os métodos de prospecção evoluíram, se no passado era necessário observar os sinais na superfície para encontrar um determinado recurso mineral, actualmente somos quase capazes de 2olhar para dentro da terra", ou seja, temos a possibilidade de determinar com pequena margem de erro aquilo que vamos encontrar se procurarmos mais fundo.

Fontes: http://e-geo.ineti.pt/divulgacao/materiais/guioes/folheto_minerais.pdf

terça-feira, 24 de abril de 2012

Jazigos minerais e outros conceitos





    Jazigos Minerais são acumulações ou concentrações locais de rochas e minerais úteis ao homem que podem ser exploradas com lucros.

   Minério é qualquer mineral explorado para um fim utilitário. O minério em bruto, normalmente, é constituído por uma mistura do mineral desejado (útil) e de minerais não desejados, os quais são designados por ganga.

    Clarke é uma unidade de medida correspondente à percentagem média de um elemento existente na crusta terrestre, o mesmo que abundância média de um elemento pertencente à crusta terrestre. Na tabela abaixo representada, observamos que muitos elementos estão presentes em muito baixas concentrações.
CLARKES DE ALGUNS ELEMENTOS ECONÓMICOS, EM PARTES POR MILHÃO (PPM) OU GRAMAS POR TONELADA (g/T)
Elemento
Clarke
Elemento
Clarke
Elemento
Clarke
Alumínio
81.300
Chumbo
13
Prata
0,07
Antimónio
0,2
Lítio
20
Tântalo
2
Berílio
2,8
Manganésio
950
Estanho
2
Crómio
100
Mercúrio
0,08
Urânio
1,8
Cobalto
25
Molibdénio
1,5
Vanádio
135
Cobre
55
Níquel
75
Tungsténio
1,5
Ouro
0,004
Nióbio
20
Zinco
70
Ferro
50.000
Platina
0,01




    Ganga / Estéril – minerais que estão associados ao minério, que não têm valor económico.


Métodos de estudo dos jazigos minerais

    O estudo dos depósitos minerais faz apelo a um conjunto de disciplinas das Ciências da Terra, tanto sobre o terreno como em laboratório. Sobre o terreno, as principais questões colocadas são a natureza e a geometria das mineralizações, as suas relações espaciais com os encaixantes (principalmente conformidade ou discordância), o estabelecimento da cronologia numa história geológica orientada para a reconstituição das paisagens. Não existem métodos específicos, mas um esforço para por em prática os métodos geológicos mais adaptados. Reteremos contudo que a cartografia a uma escala detalhada (1/1000 a 1/10000) constitui quase sempre uma etapa essencial.
    Em laboratório, os métodos utilizados deverão responder às necessidades da descrição detalhada dos objectos geológicos e mineiros e a uma compreensão da génese das concentrações. A parte descritiva apoiar-se-á em particular sobre uma mineralogia detalhada dos sulfuretos (mineragrafia) a fim de estabelecer a posição das substâncias económicas e a evolução das paragéneses minerais. A natureza das alterações pode ser reconhecida pelos balanços de massa, baseada em na´lises (maiores, vestigiais, densidade), pelas associações mineralógicas e pelos estudos detalhados dos minerais. As relações cronológicas entre mineralizações, alterações e encaixantes constituirão igualmente um elemento fundamental ao esclarecimento, utilizando por exemplo as texturas de deposição das mineralizações.
   A reconstituição da génese das mineralizações mostrará as condições de deposição, de transporte e da natureza da fonte dos elementos. Deveremos determinar a idade da mineralização, em relação aos encaixantes e à evolução geológica duma maneira absoluta (cronómetros isotópicos). As condições de transporte e deposição poderão ser aproximadas pelo estudo das inclusões fluídas, dos equilíbrios mineralógicos, da geotermometria isotópica e da análise microtectónica. A pesquisa das fontes torna-se um trabalho difícil, fazendo apelo à geoquímica dos elementos vestigiais, à petrologia e à geoquímica isotópica.     A elaboração duma síntese poderá efectuar-se dum modelo descritivo ou dum modelo genético com carácter sistemático exprimindo os processos genéticos. A afinação dos guias de prospecção e a descoberta constituem os elementos decisivos que permitem validar os resultados da investigação.

    A noção de mineral é também importante, assim apresentaremos aquela que nos foi dada na aula:
-Mineral é uma substância natural,  sólida, cristalina, com composição química definida ou variável dentro de certos limites. Exemplos: quartzo, ouro, pirite e soluções sólidas como a olivina.
Fontes: http://geologia-opassadoachavedopresente.blogspot.pt/2011/05/jazigo-mineral.html
http://biopensamentos.blogspot.pt/2010/02/minerais.html

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Evolução da actividade mineira


    Com a revolução industrial, no século XIX, a actividade mineira adquire maior importância, a exploração passa a ser regulamentada, sendo atribuídas várias centenas de concessões mineiras por todo o País até final desse século. Nesta altura no Alentejo tornam-se particularmente importantes, do ponto de vista económico e social, as zonas de Aljustrel e de São Domingos com as suas minas que se dedicavam à exploração de concentrações maciças de sulfuretos.
    Na primeira metade do século XX as duas guerras mundiais constituíram um factor importante para a intensa procura primeiro de tungsténio e depois de urânio (durante a chamada “guerra fria”) mas a exploração destes elementos ocorreu fundamentalmente no centro e norte do País, embora tenha tido também alguma importância no Alto Alentejo especialmente no caso do urânio. Noutras regiões do Alentejo continuaram em laboração um grande número de minas onde se extraíam principalmente os chamados metais básicos (cobre, chumbo e zinco) e também enxofre, destinado à industria química. Além das já referidas Minas de Aljustrel e São Domingos, houve outras explorações relevantes do ponto de vista económico e social, como por exemplo as Minas do Lousal, Orada, Canal Caveira, Aparis, Tinoca e Bugalho.
    Na segunda metade do século XX o preço dos metais básicos entrou em declínio com o aparecimento de importantes jazigos na Ásia, América do Sul e África, onde a pressão social é menor quer a nível das condições de trabalho (o que faz com que os salários sejam muito menores) quer a nível das exigências de protecção ambiental. Este factor associado ao esgotamento das reservas em muitos dos jazigos nacionais, levou a uma intensa recessão da industria mineira, com o encerramento sucessivo da quase totalidade das minas até ao presente. A única excepção e esta tendência foi a registada na Mina de Neves Corvo, que devido à sua excepcional riqueza, desde que entrou em laboração (final da década de oitenta) projectou Portugal para um lugar cimeiro a nível mundial na produção de cobre e estanho.

   Sem dúvida que a Revolução Industrial contribuiu largamente para o aumento da actividade mineira, mas já antes, num passado bem mais distante os minérios tiveram um grande relevo histórico.Não é por acaso que certos períodos históricos são denominados mediante o recurso geológico explorado na altura (Idade da Pedra, Do Bronze, Do Cobre, etc.), até os romanos por aqui pararam e exploraram os nossos metais!

Fontes: http://veiasdahistoria.blogspot.pt/2011/10/contexto-da-primeira-revolucao.html
http://www.alentejolitoral.pt/PortalAmbiente/RecursosNaturais/Recursos%20geologicos/Paginas/Recursosgeol%C3%B3gicos.aspx

Recursos Minerais

 Os recursos minerais podem classificar-se em:
  •     Recursos minerais metálicos: Os recursos minerais mais abundantes são: o cobre (Cu), o alumínio, o zinco , o ferro e o chumbo por outro lado, o ouro, a prata (Ag), e a platina são os mais escassos na Natureza. Quando estes elementos químicos se encontram concentrados em determinados locais, com um teor várias vezes superior ao clarke, poderemos estar na presença de um jazigo mineral. O material que, num jazigo mineral, é aproveitável designa-se por minério. O material que, no mesmo jazigo mineral, é rejeitado designa-se por ganga.
    Fig.1 - Cobre nativo
  •   Recursos minerais não metálicos: Estes recursos são relativamente abundantes na Natureza. Constituem para as sociedades modernas, substâncias que devem ser consideradas, como bens de primeira necessidade. Assim, mesmo sem o Homem se aperceber, materiais como as areias, o granito, o basalto ou o mármore são fundamentais para o seu bem-estar

Fig.2- Recursos minerais não metálicos

   Portugal é um país relativamente rico em recursos minerais não metálicos, estes assumem particular importância, como materiais de construção e de ornamentação, nomeadamente o xisto, o granito, o basalto, o mármore, o calcário, as areias e as argilas.  No que diz respeito aos minérios metálicos, Portugal exporta enormes quantidades de cobre e estanho (jazida de Neves Corvo que se encontra na conhecida faixa piritosa). Contudo, existem também outras reservas, que poderão ser exploradas caso o panorama internacional se modifique.O nosso país também possui também regiões uraníferas.
Fig.3 - utilização de minerais na Indústria


    A extracção de recursos minerais dá-se principalmente sobre dois processos:

  → Exploração a céu aberto – normalmente são retirados recursos não metais e rochas ornamentais, estes alteram em muito a paisagem quer na remoção de árvores, quer nas grandes depressões que ficam após da retirada das rochas ornamentais, para minimizar esse impacto frequentemente enche-se essas depressões com solo o que não 100% eficaz.

 → Explorações subterrâneas – em que são retirados os recursos metálicos, há a abertura de galerias no interior da terra, para isso há um abate da vegetação local mas, o mais preocupante como já foi referido quando há exploração do minério este vem sempre acompanhado com material que não tem valor económico que é designado por ganga, que é acumulada no exterior da mina formando as escombreiras, estas são prejudiciais ao meio ambiente pois contêm metais pesados que para além de poluírem o solo pode também contaminar os aquíferos.


    Acrescentamos ainda que os recursos minerais podem também ser classificados como energéticos, se servirem de algum modo como forma de energia, e temos como exemplos o urânio, o carvão e o petróleo.
Fig.4- Recursos minerais em Portugal

Fontes: http://filipedebarros.wordpress.com/recursos-minerais-8%C2%BA-ano/

http://www.google.com/imgres?um=1&hl=pt-

quinta-feira, 19 de abril de 2012

ETAR - Estação de Tratamento de Águas Residuais


Etar
Fig.1 - ETAR de Valongo


    Uma Estação de Tratamento de Águas Residuais - ETAR - corresponde a uma infraestrutura de extrema importância e uma solução para a despoluição de múltiplos cursos de água para onde, diariamente, são canalizados através das redes de esgotos, grande carga de efluentes poluentes de forma quase ininterrupta.
    Estas estações, normalmente localizadas no troço final de um curso de água, recebem de forma contínua os resíduos líquidos urbanos canalizados através da rede pública de esgotos. Posteriormente submete esses efluentes a um tratamento que se processa de forma faseada.
    A primeira fase corresponde ao pré-tratamento. Nesta fase as águas brutas (esgotos ou águas residuais), produzidas pela população, são admitidas na ETAR por intermédio dos coletores principais, passando por uma câmara de chegada onde, através de uma grade automática, são filtrados os resíduos sólidos de maior dimensão. Estes são descarregados para um contentor de armazenagem e enviados para um aterro sanitário. Em seguida a água residual passa por tamisadores, sendo retirados sólidos de dimensão mais pequena. Já desprovida de sólidos a água residual passa por unidades de tratamento: desarenador, desengordurador, de forma a remover as areias e as gorduras.
    A segunda etapa corresponde ao tratamento primário. Esta segunda fase desenvolve-se em decantadores primários. Aqui são separadas a parte líquida e a parte sólida em suspensão, que resistiram ao pré-tratamento. A água residual é filtrada e são adicionados floculantes de forma a acelerar a agregação das partículas e a sua decantação. Estas acumulam-se no fundo do tanque, enquanto que a parte líquida se escoa junto à superfície.
    A terceira fase - tratamento secundário ou biológico efetua-se nos tanques de arejamento. A adição de oxigénio e micro-organismos ajudam a decompor as impurezas que ainda permanecem na água residual e vão transformá-las em lamas, que se acumulam no fundo deste gigantesco recipiente, permitindo uma terceira filtragem.
    Finalmente, na quarta etapa ou tratamento terciário, a água residual é submetida a uma desinfeção efectuada por meio de radiação ultravioleta, de modo a eliminar por completo os micro-organismos que possam ainda existir, tornando-a mais pura. Posteriormente, efectua-se a sua descarga para o exterior.

Fig.2- Funcionamento de uma ETAR
    
    A ETAR tem um papel fundamental no ciclo hidrológico. Através das atividades humanas domésticas, como cozinhar, tomar banho, lavar os dentes, as águas provenientes deslocam-se para os esgotos sanitários, em que são captadas pelas Estações de Tratamento de Águas Residuais. Aí, procedem a vários tratamentos para serem lançadas de novo aos rios e oceanos. Depois, tudo se efetua de igual modo e sucessivamente, ocorrendo a evaporação e a precipitação.


Fontes: http://www.infopedia.pt/$etar
http://agua-para-a-vida.blogspot.pt/2009/07/esquema-de-funcionamento-de-uma-etar.html

terça-feira, 17 de abril de 2012

Aquíferos

     Aquífero é uma formação geológica subterrânea que funciona como reservatório de água, sendo alimentado pelas chuvas que se infiltram no subsolo. São rochas com características porosas e permeáveis capazes de reter e ceder água. Fornecem água para poços e nascentes em proporções suficientes, servindo como proveitosas fontes de abastecimento.
    Uma formação geológica para ser considerado um aquífero deve conter espaços abertos ou poros repletos de água e permitir que a água tenha mobilidade através deles.



Principais tipos de aquíferos:

  • Aquífero livre ou freático:

     Os aquíferos livres ou freáticos foram os primeiros explorados pelo ser humano. Apresentam a porção inferior delimitada por rochas permeáveis ou semipermeáveis e a porção superior livre estando, em alguns casos, acima do nível do solo, o que acaba por originar os charcos e pântanos.
     A sua recarga ocorre de forma livre pela infiltração direta da água das chuvas, sendo que o tipo de cobertura do solo (vegetação, pavimentação, plantações, entre outros) e a inclinação do terreno são fatores que tornam o processo de infiltração variável. A descarga dá-se em áreas de contato com rios, lagos, mares e nas nascentes, quando a água brota naturalmente do aquífero freático para a superfície, originando um córrego. 
    Em função da sua pouca profundidade, os aquíferos freáticos são facilmente contaminados, sendo que grande parte desse tipo de depósito de água em área urbana já se encontra nessa situação.
Fig.1- Aquífero livre


  • Aquífero confinado ou artesiano
    Os aquíferos artesianos são aqueles que estão entre camadas de rochas permeáveis ou semipermeáveis a profundidades maiores, onde a circulação de água é menos intensa que nos aquíferos freáticos. Em função da grande profundidade e da pressão exercida pelas camadas adjacentes de rocha, a pressão nos aquíferos artesianos é maior que a pressão atmosférica, portanto a maioria dos poços perfurados nesse tipo de aquífero tende a jorrar.

Fig.2 - Aquífero confinado
   
    Os aquíferos artesianos apresentam diferenças quanto ao tipo de rocha a que estão associados. Vejamos:

                - Aquífero de fractura :No local de ocorrência de rochas ígneas ou metamórficas formam-se os aquíferos de fraturas ou fissuras, pois esses tipos de rochas tendem a apresentar fraturas que são ocupadas pela água. A perfuração de poços depende da precisão em acertar uma fratura significativa, o que nem sempre é possível de se calcular previamente.
 Em geral, trata-se dos menos produtivos; mas, por questões de localização geográfica, são muito importantes para o abastecimento em nosso país, pois vários estão localizados em áreas que comportam grandes cidades e, assim, são largamente utilizados no abastecimento.
                - Aquíferos porosos: Consistem nos aquíferos mais relevantes, por apresentarem a maior capacidade de armazenamento de água e por abrangerem grandes áreas. Estes aquíferos ocorrem em materiais de origem sedimentar, cuja principal característica é a grande e homogénea porosidade, o que permite à água escoar em qualquer direcção. A recarga desse tipo de aquífero é mais intensa do que nos de fissura.
                     - Aquíferos cársticos: São aquíferos associados a rochas carbónicas, as quais apresentam bastante sensibilidade ao desgaste por ação da água. Dessa forma, as fraturas nesse tipo de rocha alargam-se pelo fluxo de água, formando verdadeiros rios subterrâneos.

Fig.3 - Aquífero de fracturas
Fig.4 - Aquífero poroso
Fig.5- Aquífero cárstico

    Na aula, distinguimos quatro tipo de aquíferos: os aquíferos livres e os aquíferos confinados, acima referidos; e também, os aquitardos - aquíferos em que a água está contida em fendas ou diaclases de rocha impermeável, como o granito, a água desloca-se lentamente em profundidade ressurgindo ao fim de períodos mais ou menos longos; e os aquiclusos - locais onde a água não sofre percolação nem possui zona de recarga, a água só está acessível através de furos.
    Assim a classificação é variável de autor para autor.


Fontes: http://www.infoescola.com/hidrografia/aquifero/         
http://www.educacional.com.br/reportagens/alterchao/parte-02.asp

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Bacia Hidrográfica e Rede Hidrográfica

Bacia hidrográfica:
    Uma bacia hidrográfica ou bacia de drenagem de um curso de água é o conjunto de terras que fazem a drenagem da água das precipitações para esse curso de água e seus afluentes. É uma área geográfica e, como tal, mede-se em quilómetros quadrados.
   A formação da bacia hidrográfica dá-se através dos desníveis dos terrenos que orientam os cursos da água, sempre das áreas mais altas para as mais baixas.

Fig.1- Evolução de uma bacia hidrográfica

Rede hidrográfica:
    Rede hidrográfica é o nome que se dá ao conjunto formado pelo rio principal, e por todos os seus afluentes e subafluentes, a sua densidade explica-se pela queda de precipitação muito abundante. A rede hidrográfica não abrange a área territorial por onde correm os rios.

    Muitas vezes estes dois conceitos são confundidos e como tal, achámos pertinente esclarecê-los. Enquanto a rede hidrográfica refere-se ao conjunto do rio e seus afluentes, bacia hidrográfica é a área por eles ocupada.

Fontes: http://claramartinsfafe.blogspot.pt/2010/01/bacia-hidrografica-rede-hidrografica.html

Hidrogeologia e Ciclo Hidrológico

    Ciência que estuda os processos de acumulação de água no subsolo, as leis que regem a sua movimentação (infiltração e fluxo subterrâneo), qualidade química (sais minerais dissolvidos) e como estas qualidades interferem na saúde humana, animal e vegetal. Estuda, também, as modificações provocadas no solo agrícola pelos sais minerais dissolvidos na água de irrigação. Estes conhecimentos permitem ao Hidrogeólogo indicar, com relativo grau de certeza, os locais propícios para se perfurar poços profundos, usados na extração da água subterrânea. 

    Chamamos de ciclo hidrológico, ou ciclo da água, à constante mudança de estado da água na natureza.
   Quando uma chuva cai, uma parte da água infiltra-se através dos espaços que encontra no solo e nas rochas. Pela ação da força da gravidade esta água vai-se infiltrando até não encontrar mais espaços, começando então a movimentar-se horizontalmente em direção às áreas de baixa pressão.
A água da chuva que não se infiltra, escorre sobre a superfície em direção às áreas mais baixas, indo alimentar diretamente os riachos, rios, mares, oceanos e lagos.
    Em regiões suficientemente frias, como nas grandes altitudes e baixas latitudes (calotas polares), esta água pode-se acumular na forma de gelo, onde poderá ficar imobilizada por milhões de anos.
    O caminho subterrâneo das águas é o mais lento de todos. A água de uma chuva que não se infiltrou levará poucos dias para percorrer muitos e muitos quilómetros. Já a água subterrânea poderá levar dias para percorrer poucos metros. Havendo oportunidade esta água poderá voltar à superfície, através das fontes, indo se somar às águas superficiais, ou então, voltar a infiltrar-se novamente.   
    A vegetação tem um papel importante neste ciclo, pois uma parte da água que cai é absorvida pelas raízes e acaba voltando à atmosfera pela transpiração ou pela simples e direta evaporação (evapotranspiração).
Ficheiro:Ciclo da água.jpg
Fig.1 - Ciclo Hidrológico
    A água é um dos mais importantes recursos naturais, não apenas por ser essencial à vida mas também pela sua acção modeladora no nosso planeta. Estudar o seu percurso na Terra apenas fornecerá ainda mais instrumentos para o aproveitamento correcto e rentável dos recursos.

Fontes: http://www.meioambiente.pro.br/agua/guia/ociclo.htm

O Mar Morto

    O Mar Morto na verdade é um grande lago localizado na região do Oriente Médio na região entre as colinas da Judeia e os planaltos da Transjordânia.
Fig.1- Localização do Mar Morto

    É o local de maior salinidade do mundo, com 300g para cada litro de água (o normal é 30g). Nenhum animal habita suas águas e é também o local com a mais profunda depressão do planeta, são 400 m abaixo do nível do mar.
    O Mar Morto possui nas suas águas bromo, brometo de magnésio, cloreto de sódio, óxido de magnésio e ácido clorídrico. Os raros peixes que chegam até ele pelas águas do Rio Jordão morrem instantaneamente devido à alta salinidade. É essa salinidade inclusive que faz com que seja quase impossível afundar. No fundo do lago se acumula uma lama preta, com grande quantidade de sais minerais, utilizada pela indústria cosmética.
    Os ambientalistas e os cientistas preocupam-se com a conservação do Mar Morto pois o seu ritmo natural de recuo tem acelerado. A taxa de evaporação chega a 1,6 metros por ano. O que juntamente com a exploração desenfreada das suas águas pela Jordânia e por Israel (que a utiliza depois de caros processos de dessalinização), e pela diminuição de alguns dos seus afluentes mais importantes como o Rio Jordão, fez com que seu nível baixasse em mais de 10 metros aumentando ainda mais sua salinidade.

    O Mar Morto é apenas um dos muitos exemplos da forma como o ser humano rapidamente gasta os seus recursos. Se por um lado o aquecimento global contribuiu para a evaporação de grandes quantidades de água deste grande lago, por outro o Homem agrava a situação e, mais tarde ou mais cedo, o Mar Morto desaparecerá. Novamente nos questionamos até que ponto a intervenção do Homem na Natureza não será prejudicial para ele mesmo…

Fig.1 - Mar Morto
Fig.2 - Pessoa flutuando no Mar Morto

Fontes: http://www.infoescola.com/oceanografia/mar-morto/
http://nervbrasil.sites.uol.com.br/manuscritosmarmorto.htm

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Pedra do mês

Pedra do mês de Abril: Diamante

→ Composto inteiramente de carbono, o Diamante é a pedra natural mais dura que existe na superfície da Terra. O seu nome vem do grego “adamas” e significa duro, indomável.

Cor: Tipicamente amarelo, cinza ou incolor. Menos frequente azul, verde, preto, translúcido branco, rosa, violeta, laranja, roxo e vermelho.
Brilho: entre Vítreo/Lustroso
Dureza: 10 na escala de Mohs
Fractura: Concoidal
Densidade:  3,5 g/cm3



Fontes: http://www.essaseoutras.com.br/tudo-sobre-diamantes-composicao-tipos-cores-melhores-fotos-e-mais/