O carvão inicia-se como uma
camada de matéria orgânica de origem vegetal (plantas tropicais e subtropicais
dos períodos Carbonífero e Pérmico) que se acumula no fundo de uma coluna de
água, normalmente pântanos. Para que o processo se desencadeie a matéria vegetal
tem que ser protegido da biodegradação e oxigenação , normalmente por lama ou
água ácida. Desta forma ocorre a preservação de carbono atmosférico capturado
pelas plantas, durante o ciclo de Calvin.
Segundo a visão clássica, da formação
do carvão, os depósitos carboníferos formam-se a partir de restos de plantas
acumuladas em pântanos, que se decompuseram parcialmente, levando a formação de
uma camada denominada de turfa. A elevação do nível do mar ou o rebaixamento do
solo provocam o afundamento dessas camadas sob sedimentos marinhos cujo peso
comprime a turfa. À medida que afunda aumenta a pressão e a temperatura, que
comprimem e alteram quimicamente a turfa, além disso sob acção de bactérias
anaeróbias forma-se uma pasta na qual se podem reconhecer em maior ou menor
grau os restos vegetais. Estes carvões que têm origem nesta pasta vegetal denominam-se
de carvões húmicos.
À medida que o processo prossegue a acumulação de
substâncias tóxicas liberta das pelas bactérias leva a sua própria morte. A
compressão pelas camadas superiores leva a que ocorra a saída de água e
substâncias voláteis levando a um aumento relativo de carbono na pasta. Este
processo que leva a um aumento da concentração de carbono denomina-se de incarbonatação.
Dependendo do grau de incarbonatação formam-se tipos diferentes de carvão,
obviamente que quanto mais intenso for o processo maior vai ser o concentração
de carbono, maior é o seu grau energético, mas também mais próximo de uma rocha
se encontra.
Assim o carvão é classificado de
acordo com os seguintes parâmetros: propriedade físico-químicas, cor, brilho,
densidade, dureza e relação entre quantidade carbono e substâncias voláteis.
Assim temos os seguintes tipos de carvões:
- Lenhite ou lignite
É um tipo de carvão com elevado
teor de carbono na sua constituição (65 a 75%). A sua cor é acastanhada e
encontra-se geralmente, mais à superfície, por ter sofrido menor pressão. A sua
extracção é relativamente fácil e pouco dispendiosa. Quando queima origina
muita cinza. Em termos geológicos é um carvão recente. Trata-se do único tipo
de carvão estritamente biológico e fóssil, formado por matéria orgânica
vegetal.
- Carvão betuminoso ou hulha
Um tipo de carvão mineral que
contém betume. O teor de carbono da hulha encontra-se entre os 60 e 80%.A hulha
foi a mola propulsora da indústria do século XIX, durante a chamada revolução industrial,
sendo substituída pelo petróleo no século XX.
- Antracite
É uma variedade compacta e dura
do mineral carvão que possui brilho intenso. Difere do carvão betuminoso por
conter pouco ou nenhum betume, o que faz com que arda com uma chama quase
invisível. Os espécimes mais puros são compostos quase inteiramente por
carbono. A antracite é criada por metamorfismo e está associado às rochas
metamórficas, da mesma forma que o carvão betuminoso está associado às rochas
sedimentares. Este é o carvão com maior percentagem de carbono podendo atingir cerca
de 90% do seu peso total. Uma vez que o aumento de teor de carbono depende da
idade e das condições de pressão e de temperatura a que estiveram sujeitos,
assim a antracite representa os carvões mais antigos de todos.
Fig.1 - Tipos de carvão |
É normal numa
coluna estratigráfica encontrar uma alternância entre estratos de carvão com
estratos terrígenos. Em períodos de subsidência lenta ou pouco intensa é normal
formarem-se estratos de carbono devido a abundância de detritos orgânicos. Por
seu lado se o processo de subsidência for rápido, não há tempo para a formação
de estratos espessos de matéria orgânica e como tal não ocorre a formação de
carvão, mas antes estratos terrígenos.
O carvão é outra das formas de produzir
energia, mas este pertence ao grupo das energias não renováveis, e assim não
dura para sempre as suas reservas são limitadas, visto que o carvão foi formado
ao longo de milhões de anos, pelo resultado da decomposição de vários
sedimentos orgânicos e vegetais e pelos vários factores que influenciaram a
terra, quando esgotarmos as reservas que existem hoje em dia não poderemos
esperar para que se forme mais, assim há que saber utiliza-lo de uma forma
racional; além de se esgotar também polui como é comum das fontes de energia
não renováveis. O carvão emite principalmente três tipos de gases que são o
Co2, So2 e Nox.
Logicamente o carvão só por si não tinha a
capacidade de produzir energia eléctrica, assim para produzir energia eléctrica
o carvão é utilizado em centrais Termoeléctrica, centrais estas que usam como
combustível principal o carvão, apesar de haver as que possam usar fuelóleo.
Fontes: http://pt.scribd.com/doc/57754207/Resumo-11%C2%BA-Ano-Carvao-e-Petroleo
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